domingo, março 04, 2007

E foi assim...

Admiradoras do grupo reúnem-se em Coimbra
FÃS QUEREM EXCESSO DE VOLTA


Os Excesso vão voltar? Esta foi a pergunta mais ouvida durante o “1.º Almoço Nacional de Fãs dos Excesso”. A iniciativa decorreu em Coimbra este Domingo, dia 4 de Março de 2007, no restaurante “O Porquinho” e reuniu fãs de Norte a Sul do país.

Reunião 10 anos depois

Foi com expectativa que, 10 anos depois, caras conhecidas de uma longa saga de concertos se voltaram a encontrar. Coimbra, Figueira da Foz, Porto e Lisboa foram as cidades representadas nesta reunião de fãs da primeira boys band nacional, os Excesso. E quem não esteve presente fez questão de enviar mensagens e e-mails a felicitar a organização pela iniciativa e com um único pedido: os Excesso de volta.
Foi a Carlos Ribeiro, um dos cinco rapazes que revolucionaram o panorama da música nacional nos finais dos anos 90, a quem coube a difícil tarefa de responder a estes apelos. Duck, Gonzo, Melão e Portugal não puderam estar presentes devido a compromissos profissionais (e até a uma lesão futebolística!).
Com a sua conhecida simpatia e paciência, Carlos animou o almoço contando todas as suas peripécias deste o final da banda – da gravação de um álbum com os Hexa Plus, à abertura do seu restaurante, passando pelos anos como guia turístico em Palma de Maiorca –, estando sempre disponível para as muitas fotos e autógrafos.
Mas a reunião só ganhou um tom verdadeiramente nostálgico com a recordação dos muitos concertos e encontros do passado. Se Sandy Pereira recorda os concertos em França, Sara Garcia lembra-se da gravação de uma “Roda dos Milhões” ou de um “Big Show SIC” e Sónia Pereira fala com saudade dos concertos dos Coliseus…
Para avivar a memória houve até um “pop quiz” sobre a banda! Ganhava pontos quem soubesse, por exemplo, em que programa de televisão se estreou o grupo (“1,2,3”, ainda apresentado por Carlos Cruz) ou em que ano é que os Excesso ganharam a sua quarta platina pelo álbum “Eu Sou Aquele” (1999). O prémio foi justamente dividido por todas e tratou-se da apresentação de um pequeno filme retrospectivo da carreira dos cinco rapazes e da constante presença das muitas fãs nos concertos.

Os Excesso vão voltar?

Após todos estes anos e apesar das realidades serem agora diferentes – por exemplo, segundo as fãs, agora “já não é preciso fugir de casa para ir aos concertos” – o entusiasmo pelo grupo permanece inalterado. Daí a insistência na pergunta: “Os Excesso vão voltar?” Perante a pressão das fãs, Carlos viu-se obrigado a responder um emocionado: “Eu adorava que sim… No que depender de mim…” Talvez a certeza chegue no próximo encontro, marcado para dia 3 de Junho em Lisboa.

Uma curta carreira cheia de sucessos

Há cerca de 10 anos, a NZ Produções reunia cinco jovens rapazes que viriam a formar a primeira boys band portuguesa: Carlos, Duck, Gonzo, Melão e Portugal compunham os “Excesso”.
“Eu Sou Aquele” foi o single de estreia, escrito por Célia Lawson. Foi também o início de uma curta e fulgurante carreira que os tornaria no maior fenómeno de sucesso da música portuguesa. O primeiro álbum, “Excesso”, trouxe-lhes múltiplas platinas e uma agenda cheia de concertos esgotados. Tal foi o sucesso que no ano seguinte o mesmo disco era reeditado com versões ao vivo e remisturas dos êxitos que Portugal já cantava de memória: “Eu Sou Aquele”, “És Loucura”, “Dá-me O Teu Amor” e “Não Sei Viver Sem Ti”. “Loucura” foi também o nome escolhido para o perfume que o grupo lançou.
Em 1999 surge, com um som mais maduro, o segundo álbum, numa altura em que os “Excesso” trabalhavam já por conta própria. O nome escolhido foi “Até Ao Fim” e, de facto, não haveria sucessor. Além do single que dava nome ao trabalho, os cinco rapazes, talvez a pensar na internacionalização, apostavam em duas canções em inglês: “Shake It Up” e “I Like”. O álbum foi recebido com entusiasmo, tendo atingido a platina à saída.
No final de 1999, altura em que novas boys bands nacionais inundavam o mercado da música, os “Excesso” fecham o seu ciclo de sucessos com concertos esgotados no Coliseu do Porto e no Coliseu de Lisboa.
A banda não sobrevive a 2000, ano em que Carlos abandona o grupo, seguido pelo companheiro Portugal.

© Gisela Cruz

14 comentários:

Miguel disse...

ok! bon jovi já era mau! agora...
porque é que gostas dos excesso???

Mina disse...

Cada um tem os seus gostos muito pessoais, e eu isso não discuto :)
Ainda bem que foi um sucesso e que te divertiste. Quando algo nos corre bem, a felicidade é muito maior!
Bjs, boa semana!

Unknown disse...

Conheço algumas pessoas, que movidas por uma inexplicável inspiração, fluíam-lhes palavras acerca do quotidiano em rimas brilhantes, que ‘pariam’ letras para músicas, umas geniais, outras nem tanto. Faziam-se rodear de amigos, uns mais hábeis que outros, formaram desta forma grupos, chamaram-lhes bandas, e lutaram com mais ou menos sucesso para se imporem no panorama musical português.

Estou-te a falar de grupos como os UHF, IODO, GNR, Xutos e Pontapés, Táxi, Go Graal Blues Band, Trovante, Banda do Casaco, Heróis do Mar, Rui Veloso, Jorge Palma, etc., etc., e outros que não passaram da banda de garagem. Todos funcionaram sob a perspectiva comercial, para pagar o PA, ou a carrinha para os transportar pelos concertos de verão.

É óbvio que todos funcionam sob essa perspectiva, aliás tudo na vida funciona sob essa perspectiva, só que alguns gritam por ideais, e pela arte outros gritam pela imagem do rabo-de-cavalo, do peito tonificado ou do brinco.

Foi isto que quis dizer, a musica dos Excesso, a par de todos os outros do mesmo género, não me cativa, pura e simplesmente porque se trata de música ‘estrogénica’, apesar disso compreendo o seu efeito na sociedade, mesmo que me sinta distante dele.

Regresso dos Excesso? Chiça!!

:(

:)

Beijoca

Pisces Girl disse...

Amiga: Ainda bem que te divertiste!

Beijinhos!

DE-PROPOSITO disse...

Já vi que o almoço correu bem. Por mim eu preferia a Mealhada, uma cabidela de leitão e umas imperiais a acompanhar.
Mas tomei nota do nome. Falta saber a rua. A PT retirou a lista telefonica da NET.
fica bem.
Felicidades.
Manuel

susana disse...

Eles devem estar orgulhosos de fãs tão acérrimas! Mas bandas como Herois do Mar, Setima legião, Gnr,Bandemónio, Taxi e mais recentemente The Gift, Mickey house, isso sim são bandas com qualidade e boa musica...poderia dizer muitas mais!!
beijos e volta sempre

Tânia Carmo Silva disse...

GK,ainda bem que o almoço/jantar/night correu muito bem, as fãs dos X merecem! E o Carlos, tb :)

Já passaram 10 anos. Incrível. Tal como referes "já não é preciso fugir de casa para ir aos concertos", com isto, digo que passados 10 anos algumas cresceram, outras nem tanto. Ir ao Encontro, acredito que seja o assumir de uma maturação emocinal.)

Aos X agradeço o facto de por eles (por mim, e por voces que mantivemos o contacto), a relação superou em muito o âmbito X.

E isso é um facto, graças a eles conheci ninas FABULOSAS, que nada tem a ver com os esteriotipo fãns de boysband, ou até talvez tenham, mas essa, é apenas uma pequena parte das suas vidas ;)

Tudo de bom a todas as fãns X.

Beijos e tudo de bom para ti,
GK.

Anónimo disse...

Boa reportagem.
Li o teu post anterior e os teus comentários, julgo perceber o contexto.
De facto ás vezes é necessário abrir o espirito e pôr preconceitos de lado para saber apreciar as coisas.
Mas mesmo assim não consigo gostar da musica deles se é que alguma vez chegaram a ter uma musica própria.
Boa reportagem GK.

Enfim... disse...

era bom que não eheheh lol.bjokas

stela disse...

ainda bem que foste e gostaste :)
beijinhos

GK disse...

Já o disse mais do que uma vez aqui e volto a dizê-lo:
EU NÃO SINTO CONSOANTE O QUE ME DIZ O CÉREBRO! O QUE SINTO, SINTO. VEM DO CORAÇÃO E NUNCA ME ENVERGONHO DO QUE SINTO!
Gosto dos Excesso. Mais do que da sua música, analisada ou não.
EU GOSTO DOS EXCESSO porque sem eles eu seria hoje uma pessoa pior. Aprendi MUITO na estrada quando via os seus concertos! Cresci! TANTO! Amei cada momento que me trouxe até aqui. Não os renego. Não os diminuo. Não os transformo, escamoteio ou ignoro consoante a moda do momento.
Mas quanto ao que racionalmente posso justificar (para os que insistem) posso dizer-vos que quando o espectáculo dos Excesso corria bem, era um dos melhores do mundo, porque os rapazes eram EXCELENTES performers.
POR ISSO DEIXEM-SE DE PRECONCEITOS, TIREM AS PALAS DOS OLHOS E ARRISQUEM VER, OUVIR E FAZER COISAS QUE À PARTIDA ESTEJAM FORA DO VOSSO CARÁCTER. De certeza que a vossa vida sairá mais enriquecida!
(E que esta última frase sirva de barrete aos que o enfiarem!)

Bjs.

Unknown disse...

Também não precisas de ficar assim tão alvoroçada só porque alguém não gosta do que tu adoras, gostas dos Excesso, foste muito feliz na ‘era Excesso’, fixe! Segundo me apercebi, ninguém te criticou por tal, eu inclusive até te desejei que te divertisses no tal jantar.
Também não te podes alhear do facto, que introduzes em cada post que fazes temas, e permites que as pessoas que te visitam, exprimam por eles as suas opiniões. Tens de estar desta forma preparada para respeitar as opiniões divergentes das tuas, desde que se exprimam de forma correcta. Foi o que me pareceu acontecer com todas elas.

Por tal, “POR ISSO DEIXEM-SE DE PRECONCEITOS, TIREM AS PALAS DOS OLHOS E ARRISQUEM VER, OUVIR E FAZER COISAS QUE À PARTIDA ESTEJAM FORA DO VOSSO CARÁCTER.”, parece-me um excesso, para quem simplesmente não gosta dos Excesso.

Não tenho qualquer problema em admitir aqui que enfiei esse barrete, porque sei o que é ‘ter carácter’, porque também andei com bandas na estrada, sei o que são os bastidores dos palcos, e o carácter que essas ‘pseudo-estrelas’ têm, para com as menores que enfeitiçadas e deslumbrsdas, se propõem a tal, e tal, e tal,...

Anónimo disse...

ai ai ai ai que a mulher zangou-se em excesso.

ainda levo com um X ou T ou I, oxalá seja um O

Unknown disse...

Não poderia dizer melhor!