quarta-feira, setembro 24, 2008

Mini-entrevista a Pedro Tochas

Como já saberão os que leram o meu último post, sou fã do Pedro Tochas. Ora, o Pedro Tochas tem um site muito porreiro (http://www.pedrotochas.com/) onde o pessoal se pode inscrever para receber a “Tochas News”. Na última newsletter (ou terá sido a penúltima? Anyway…), o Pedro lançou um apelo aos fãs, que passo a transcrever:

“Na semana passada recebi um pedido de entrevista de um blog, ao qual respondi, mas fiquei a pensar:
Que tal dar entrevistas a todos os blogs do pessoal que lê o Tochas News?
Humm...?

Se me quiseres fazer uma mini entrevista para colocares no teu blog, manda as perguntas por email (MÁXIMO 7, sete !!!!!!!).Eu respondo o mais rápido possível.Depois mandas o link que eu coloco no meu site.Só te peço para junto da entrevista colocar a promo do Tour.”

Pareceu-me um pedido razoável. Portanto, mandei sete perguntinhas ao Pedro, que me respondeu de um dia para o outro.

Cá fica a mini-entrevista:

GK - De que é que te orgulhas mais nesta vida?
PT - De ter seguido os meus sonhos.

GK - Qual é a tua maior frustração enquanto profissional?
PT - Ter dificuldades em divulgar o meu trabalho, mas podia ser pior.

GK - E enquanto ser humano, qual é a tua maior frustração?
PT - Ter que perder tempo a dormir, há tanta coisa que quero ler, ver e ouvir e o tempo não dá para tudo.

GK - O que é que ainda te falta fazer, enquanto profissional e enquanto ser humano?
PT - Nem sei, gosto de deixar a vida correr e ver o que acontece.

GK - Como te imaginas com 80 anos?
PT - Sinceramente acho que não passo dos 50.

GK - O "Já tenho idade para ter juízo" é EXACTAMENTE o espectáculo que queres fazer nesta altura da vida? Descreve o conceito.
PT - Yep. Porque cheguei a uma idade em que fiz essa pergunta a mim mesmo, o espectáculo é sobre isso (e outras coisas), a resposta que encontrei está no espectáculo, por isso não faltes.

GK - Define a cidade de Coimbra em comparação com outras cidades que te tenham marcado.
PT - Foi em Coimbra que nasci como Artista, onde aprendi a ver o Mundo, onde encontrei a beleza na diferença, que mais posso dizer, é a cidade que guardo no coração.

Agora, se não se importam, vão ver um dos espectáculos do Pedro Tochas para transformar esta tour num sucesso, OK?

...Ele merece.
:)

quarta-feira, setembro 17, 2008

Adoro o Tochas

Não adoro o tipo dos anúncios da Frise, nem gosto muito do que vai aos ocasionais programas de televisão dar entrevistas e fazer malabarismos. Gosto mesmo é do Tochas. O Tochas que sobe ao palco. O Tochas que responde às perguntas dos fãs. O Tochas que percorre o mundo de mochila às costas.
Acho que gosto ainda mais do Tochas que imagino a partir dos pedaços de alma que ele vai deixando transparecer.
Gosto do Tochas agressivo que faz piadas sexys nos espectáculos de stand up comedy. Gosto do Tochas romântico que despe a alma nos espectáculos intimistas. Gosto do Tochas que sente que tem algo a passar às pessoas, mais como ser humano do que como artista. E gosto muito particularmente do Tochas que inventa espectáculos para se dar a conhecer, mas que foge e põe os espinhos de fora quando lhe tentam fazem uma pergunta que lhe exija abrir realmente o coração para responder.
Para mim, o Tochas é um solitário, um tímido muito tímido e com um coração de manteiga. Um ser auto-suficiente que se cansa de estar sozinho, mas não sabe como largar a solidão que inconscientemente escolheu. Acho que o Tochas não se identifica com o mundo que o rodeia e percorre os seus caminhos em busca de algo que o sublime, que o preencha. Duvido que o tenha encontrado. Acredito que o vai encontrando nas palavras de um miúdo que lhe chama “palhaço cool” ou nos olhos de algum velhote que ri das malandrices dos seus espectáculos e acredito que isso o faz continuar. À procura.
O Tochas que imagino reagiria com agressividade se eu tivesse acertado no seu retrato íntimo e o tivesse revelado ao mundo. Tentaria encontrar uma forma de justificar a sua raiva pela invasão a que foi sujeito com uma frase que parecesse sincera para camuflar a verdadeira sinceridade de se ver exposto.
Adoro o Tochas… O Tochas que imagino a partir de pedaços de alma que ele vai deixando transparecer. Adorava que o Tochas encontrasse tudo o que tem coragem de procurar por esse mundo fora…

PEDRO TOCHAS: http:// http://www.pedrotochas.com

quinta-feira, setembro 11, 2008

Vou fazer publicidade descarada mais uma vez. Há gente que merece!

Desta vez, a “gente” a que me refiro chama-se André Vaz Pereira e é um pianista conimbricense virtuoso. Mas a melhor qualidade dele - digo eu! – é ser o meu namorado amantíssimo e irrepreensível.
Assim, venho convidar-vos (aos que ainda não convidei pessoalmente) a verem o primeiro vídeo que ele colocou no YouTube:


Quem achar que ele é, de facto, virtuoso (e que me deve dar emprego como manager!) e quiser saber mais sobre o seu vasto CV, pode visitar também o MySpace dele:

http://profile.myspace.com/andrevazpereira

quinta-feira, setembro 04, 2008

Mudança... ou nem por isso

Não sei se são os famosos 30 anos a rodopiarem no meu cérebro ou se foram as férias com a pseudo-sogra… Não sei se tem a ver com o facto de finalmente ter o ambicionado carro ou apenas com o normal processo de amadurecimento. A verdade é que tudo está a mudar…
Lembram-se de quando acordaram um dia e já tinham peito (ou voz grossa) e pelos púbicos? Pois… Suponho que estou numa fase assim. O que foi não volta a ser.
Olho para tudo com impaciência e cinismo. Já conheço todos os processos que um dia chegaram para me enganar. Já sei o resultado da maior parte das minhas acções e as consequências dos meus actos. Já conheço as razões das minhas alegrias e das minhas tristezas. E, talvez por monotonia, está a apetecer-me mudar tudo.
Ah, não gosto de espinafres? Venha uma tarte verde. Chateia-me usar amarelo? Olha que t-shirt amarelo canário tão gira! Não gosto de ginásios…? Aquela aula de pilates está a parecer-me interessante...
Não se chama puberdade, mas deve ter um nome.
É a famosa fase em que as pessoas começam a querer fazer o ninho para guardar quem mais amam, em que o que queremos já não está sujeito a negociação com pais ou amigos ou portas vão acabar por ser batidas sem dó nem piedade, e em que o vazio se apodera de nós quando olhamos para o que conseguimos até aqui e damos conta de que nada ainda nos preenche verdadeiramente. Há dias em que não temos coragem para enfrentar o mundo.
É nesta altura que muitos decidem produzir um rebento na tentativa de que esse consiga melhor… "Melhor" sendo aquilo que não conseguiram eles próprios...
Não quero um rebento (ainda), mas já quero o ninho, a autodeterminação. E, apesar de nada me preencher, já não sei revoltar-me como quando tinha 16 anos.
“Ultimamente tudo me faz chorar”, disse-me uma trintona amiga, numa daquelas discussões em que se avalia a vida inteira e se chega á conclusão de que, se calhar, até aqui ainda nada valeu a pena e que “agora” é que tudo tem de mudar. Disse-mo com a serenidade de quem já nem sequer acredita em mudanças, mas se obriga a acreditar para não se perder de vez.
“Andamos todas assim…”, respondi-lhe no mesmo tom…