terça-feira, setembro 25, 2007

London 2007 (5)

Segunda-feira começou com uma prova de esforço. Cheios de vontade e confiança, decidimos sair da zona 1 do Metro. Mas como o bairro para onde nos dirigíamos era logo a seguir ao nosso, poupámos dinheiro indo a pé.
O perímetro de Earl’s Court, para Sul, varia entre o deprimente e degradado e a típica paisagem de capa de disco dos Beatles. Até tirámos uma ou outra foto a atravessar a rua com as casinhas todas iguais em pano de fundo. Naquele caso particular eram casarões. Mas, até Chelsea, o nosso destino, também passámos por apartamentos de bom gosto montados em caves que nenhum português ocuparia por não conseguir ver a luz do sol.
Chegámos a Fullham Road já cansados, mas mais cinco minutos e o estádio do Chelsea surgiu do nosso lado direito.
Tudo é azul em Stamford Bridge. Azul e com cheiro a dinheiro. A primeira coisa que vimos foi o enorme hotel do clube. Mas depois há também o imponente bar “Blues”, a mega-store de merchandising e o moderníssimo “The Chealsea Club” health club.
A forrar uma das enormes paredes que ladeiam o estádio está uma foto, a perder de vista, com centenas de adeptos vestidos de azul. No meio da massa humana surge a equipa com Mourinho ao lado (assim era quando lá fomos…). Aquela foto é imponente, envolvente, arrebatadora. Faz-nos sentir mais um adepto, desejoso de vestir azul e gritar pelo clube nas cadeiras (azuis) do estádio.
Não pisámos a relva, mas fomos gastar dinheiro à mega-store, o que é basicamente a mesma coisa. É que quando saímos, de saco preto - muito fashion, tipo mochila - na mão, já sentíamos que conhecíamos os cantos à casa e tratávamos todos os elementos da equipa por tu! Resistimos à tentação de mandar gravar o nosso nome numa camiseta do clube. Isso, ali, é exequível em cinco minutos.
Saí de Stamford Bridge adepta do Chelsea e com a sensação de que, no nosso burgo, as coisas são feitas a brincar. Ainda temos TANTO para aprender em matéria de organização, sedução e conquista do público!!! Não vi NINGUÉM no estádio do Chelsea, mas, ainda assim, sinto que sei tudo o que queria saber. Fui completamente conquistada pelos Blues. (O que é que eu faço com este sentimento agora?!! LOL)
Regressámos à zona 1 do Metro num red bus de dois andares, pois claro. O almoço deu-se no “nosso bairro”, Earl’s Court. À mesa discutimos futebol… e bairros londrinos.
De alguma forma, Chelsea tinha-me desiludido. Não era nada do que eu esperava… Talvez tenhamos passado pelos sítios errados. Talvez Stamford Bridge seja longe do que deve ser visto pelos turistas em busca das ruas exultadas em canções que falam da meia-noite naquele bairro típico. O que eu vi nada tinha de típico. Jurei ir ao Google, quando regressasse a casa, para descobrir qual é, afinal, o cerne do bairro. Darei mais uma oportunidade a Chelsea. Também eu me quero apaixonar pelo seu luar...
A tarde foi bem distinta. Ninguém está preparado para ver a Pedra de Roseta ou as estátuas do Parthenon ao alcance de uma mão... Foi isso que encontrámos (sem surpresa) no British Museum.
Inspirador de muitas histórias de ficção, o enorme museu faz juz ao seu mito. É extraordinário em tudo. A arquitectura é esmagadora, de tão bela e clássica e de tão ampla e moderna. Dá para os dois tipos de gostos. É um edifício (para não destoar dos outros grandes edifícios de Londres) colossal. Mas colossal em tudo! Dentro das vitrinas tem guardadas quase todas as relíquias da humanidade.
Não vimos nem metade. Escolhemos a dedo que nos interessava e, mesmo assim, tiveram de nos pedir que abandonássemos o local porque “o museu já está fechado”…
Este é o tipo de coisa a que só damos valor depois. Impacientei-me dentro do British Museum. Estava cansada demais e fechada dentro de um edifício há demasiado tempo! No entanto, olhando para trás, nem acredito que AQUELA era A Pedra de Roseta! Que AQUELAS eram as estátuas do Parthenon!!! Enfim…
Eram 6h da tarde. Cedo demais para dar o dia por terminado.
St. Paul foi o destino óbvio. Já tínhamos escutado os sinos, vislumbrado a cúpula, mas a visita tinha de ser oficial! Tínhamos de dar a volta à catedral, sentir a sua estatura, fotografá-la de todos os ângulos. Assim fizemos. Não pudemos entrar. Fecha cedo… Mas, à sombra da sua monumentalidade, deslumbrámo-nos e… descansamos os pés.
Com as forças retemperadas, fomos até à Vestry House, símbolo da destruição de Londres durante a II Guerra Mundial e, depois, voltámos a contornar a fenomenal catedral de St. Paul para atravessar a Millenium Bridge.
O meu namorado estava estafado, mas Southwark era logo do outro lado da ponte! Ele nem se apercebeu que foi habilmente manipulado para que eu pudesse voltar ao bairro em que me sinto no ninho…
A Millenium Bridge não abana tanto quanto os ingleses dizem. Essa, se dúvidas existissem, teria sido uma das constatações. Outra foi que a luz de um pôr-do-sol londrino, no fim de um dia quente e luminoso, é única e arrebatadora. Nunca tirei fotos tão plásticas, tão “salientes”, tão bonitas… Cheguei ao “meu”bairro ao pôr-do-sol… E, novamente, o sentimento de serena e eufórica pertença caiu sobre mim.
Southwark invade-me, enche-me, preenche-me.
Debaixo do puro tom dourado deixado pelo sol que se despedia do Thames, lânguido e preguiçoso, percorri, mais uma vez, as deslumbrantes ruas empedradas, atravessei os túneis escuros e estreitos, com cheiro a humidade e a história, as praças douradas e cheias de vida. O MEU bairro continuava a acarinhar-me...
A Tate Modern, o Shakespeare Globe Theatre, o Winchester Palace, o Prison Museum, o Golden Hinde (réplica do galeão de Sir Francis Drake que, no século XVI, atracava naquela mesma doca) e, finalmente, a extraordinária Catedral de Southwark...
Não sou religiosa, mas aquela igreja fascina-me. Não parece nada um local de culto. Ao olhá-la temos a sensação de estar perante um forte, mas depois, a delicadeza e o pormenor das suas fachadas, cobertas de pequeníssimas pedras de um tom mágico entre o castanho e o violeta, leva a nossa mente a sugerir-nos que estamos perante um palacete senhorial. Mas é uma igreja. Ainda que aparentemente sem vocação, é um local de culto. E isso enternece-me. Não sei porquê.
Fiquei alguns minutos a olhá-la, a fotografá-la. Mas o meu gajo já estava farto de me aturar e nem sequer sabia deste meu absoluto entusiasmo. Para o levar até ali, tinha-lhe prometido que apanharíamos o metro em London Bridge, “a estação mais próxima”. Desisti, por ele, de ver a Hay’s Galleria (antiga doca transformada em shopping muito fashion) e de continuar o meu idílio até à Tower Bridge.
Chegámos a London Bridge quando o sol se despedia finalmente. Ignorámos a London Dundgeon e entrámos no impressionante forte de metal que era a estação.
Mais um simples jantar em Earl’s Court marcou o fim de outro dia muito cansativo.

segunda-feira, setembro 17, 2007

London 2007 (4)


O Domingo teve início onde o dia anterior havia terminado: no Speaker’s Corner, em Hyde Park. Desta vez, porém, tivemos direito ao espectáculo que lá está em cena habitualmente, ao contrário da tarde anterior. Nesta manhã, estavam quatro ou cinco oradores a disputar as atenções dos transeuntes. Um falava de socialismo, outro de guerra, outro de discriminações, etc., etc. E, com mais ou menos sucesso, todos tinham audiência. Eu, à la mercenária, lá tirei umas fotos a mais uma cena icónica londrina.
O Big Bus esperava-nos para nos levar a uma série de locais que já tínhamos visto e outros que queríamos ver melhor. Baker Street, Regent Street, Picadilly, Trafalgar Square, Downing Street, Big Ben, Westminster, Waterloo Station e Tower Bridge desfilaram à frente dos nossos olhos, ainda mais bonitas do que antes. O destino era a Torre de Londres, onde apanharíamos o ferry de volta a Westminster. Preferimos ver o rio nesse sentido…
Tive pena de não entrar na Torre de Londres. Não pelas jóias da Rainha… Acho que não tenho muita pachorra para brilhantes riquíssimos por mais de cinco minutos. O meu fascínio é pela história medieval londrina. Tenho o feeling de que já lá estive, numa vida anterior ou coisa do género… Sei o que eram os calabouços mesmo sem nunca lá ter entrado e, embora me aterrorize, gostava de ter coragem para os visitar e confirmar (ou não) a imagem que tenho. Sinto que, de alguma forma, seria um regresso… Mas a quantidade de gente que lá se via e o preço dos bilhetes, aliados ao pouco tempo que ia durar o bilhete do Big Bus, fizeram-nos passar à frente dessa oportunidade, jurando que, caso tivéssemos tempo, voltaríamos. Não voltámos…
Aguardámos o barco em Tower Pier e tivemos, mais uma vez direito um espectáculo digno de ser registado: a Tower Brigde a abrir para deixar passar um veleiro. (Estávamos em cima da ponte, no dia anterior, quando o mesmo aconteceu.) Foi-nos dito que, em tempos que já lá vão, eram precisas dezenas de homens para fazer aquele trabalho. Não me surpreende, claro. Surpreende-me, sim, o engenho de fazer aquele monumento já com essa possibilidade. Fotografada a ponte em acção, do barco apinhado, pude toda a zona de Southwark.
Southwark é, provavelmente, o sítio do mundo onde eu me sinto melhor... A primeira vez que visitei aquela parte (medieval) da cidade (um ano antes), parei, aturdida, no meio da praça perto do Shakespeare Globe Theatre. O sentimento de pertença era AVASSALADOR… Inexplicável e avassalador!...
Agora via-a ao longe, na margem do rio pardacento, com a réplica de um galeão de Sir Francis Drake a chamar por mim… Como queria lá voltar! Como quero ainda e sempre! (Escrever isto deixou-me os cabelinho TODOS em pé! Mas porquê…?!!!)
Passámos pela Tate Modern, a Millenium Bridge e a London Bridge até chegarmos, novamente, a Westminster, com o London Eye a olhar-nos de cima. O lugar continuava apinhado de turistas!
Feito “o cruzeiro”, o bilhete do Big Bus tinha pedido a validade. Por isso, satisfazendo um pedido do meu gajo, rumámos a Temple de metro. A ideia era ver a misteriosa igreja templária, chamada St. Mary’s Temple Church, que ficou famosa devido à referência no “Código DaVinci”.
Vimos Temple inteiro. Não ficou viela por explorar. Perguntámos a transeuntes e consultámos TODOS os mapas. Sabíamos que estávamos perto, tão perto que de certeza se ouviriam os sinos dali (caso os tenha)! Vimos outros turistas confiantemente perdidos de mapas na mão...
Nada.
O colossal edifício dos Royal Courts of Justice? Sim, vimos! A fabulosa estátua do dragão, símbolo de Londres, a dar as boas vindas aos transeuntes à entrada de Fleet Street, a rua dos periódicos londrinos? Sim, vimos! A igreja bombardeada na II Guerra que ainda conserva os buracos das bombas… The politician´s watch… O típico e curioso bar chamado The George… Sim, vimos tudo isso! SÓ NÃO VIMOS A TEMPLE CHURCH!!!
A igreja estava inacessível naquele dia e, pelos vistos, em muitos outros dias, já que os seus horários “são tão misteriosos como os responsáveis pela sua edificação”, diz o guia da Lonely Planet!
Nós sabíamos que a igreja estava fechada. Só a queríamos ver por fora. O que nós não sabíamos que era possível isolá-la daquela maneira. É que ela fica dentro de um condomínio privado, ainda pertença de uma ordem templária, e quando está fechada, está mesmo longe dos olhares alheios, já que a sua baixa estrutura nem sequer permite vislumbrar-lhe o telhado!
…Que há ali mistério, lá isso há!!! O Dan Brown de certeza que também andou lá perdido!!!
O fim do dia aconteceu noutro sítio fenomenal: Covent Garden. Deslumbrante ao anoitecer, com os seus artistas de rua, os seus doces mercados, os bares irrepetivelmente boémios, a sua terna praça italiana... O Museu dos Transportes, a Royal Opera House, a loja da Disney, a sede dos Stomp, The Original Dr. Martens Store… Tudo cabe naquele espaço carismático londrinho como se não pudesse caber em qualquer outro lugar… Também eu me sinto bem lá.
Seguimos o rasto dos teatros até Leicester Square e terminámos o dia com um merecido jantar no “nosso” bairro, Earl’s Court.

quinta-feira, setembro 13, 2007

London 2007 (3)

Com as ruas, becos e túneis sempre apinhados, voltámos a Westminster para apreciar a fabulosa catedral. Não valia a pena tentar entrar, a fila era proibitiva. Mas o tamanho do edifício, o detalhe dos relevos, a delicadeza das estátuas… Eram suficientes para nos fazer sentir insignificantes. Isto até chegarmos às Houses of Parliament. Aí, sim, encontra-se a verdadeira definição de beleza.
A construção é colossal e toda coberta de frisos, reentrâncias e janelas que formam um conjunto difícil de descrever, na sua placidez amarelada. A coroar o impressionante monumento, o extraordinário Big Ben.
Tivemos sorte. O sol brilhava intenso em Londres, o que fazia sobressair no Big Ben os tons dourados que poucos chegarão a distinguir debaixo do típico nevoeiro inglês. Não há foto que lhes faça jus. É um espectáculo digno de ser presenciado.
Fotografado o icon inglês em todos os seus ângulos e pormenores, estendemos a bandeira portuguesa numas escadas do outro lado da rua e fizemos um piquenique com um almoço frio que tinhamos adquirido numas das muitas loginhas de take away que existem na cidade. Não foi delicioso, mas não podíamos desejar uma vista melhor: o Thames corria à nossa frente.
O passo seguinte foi atravessar a ponte de Westminster, fotografando, claro, o London Eye, na sua eterna rotação. Pareciam formigas os milhares de pessoas que esperavam a sua vez na grande roda!
Do outro lado da ponte, enquanto passeávamos ao longo do rio, não resistimos a recolher novamente imagens das impressionantes Houses of Parliament.
O cansaço já era muito, por isso decidimos comprar um par de dispendiosos bilhete para o Big Bus, um dos autocarros que faz a tour de Londres. Era válido durante 24h e dava direito a um cruzeiro no Thames. Foi assim que vimos um guia londrino em acção, com uma enorme veia artística e um conhecimento vastíssimo sobre a história da cidade.
Aprendemos sobre a parte medieval (que me fascina), emocionámo-nos com histórias acerca da terrível peste bubónica e memorizámos a data do grande fogo que destruiu a cidade (e a peste, em 1666).
Quando o Big Bus chegou ao fim do horário de expediente (às 18h30), largando-nos, sem contemplações, em Speaker's Corner, no Hyde Park, apanhámos o Metro e ainda visitámos Notting Hill.
Não há forma justa de descrever Notting Hill. Não há palavras ou fotos que traduzam com rigor a atmosfera de Portobello Road, ainda que o mercado, àquela hora, já tivesse desaparecido. As casas comerciais com letreiros antigos; os bistros despretensiosos, mas ainda assim caros para a bolsa de um português; os bares cheios de gente descontraída, com as cervejas na mão no meio da rua; as lojinhas de objectos em segunda mão, desde roupa a louças ou livros; os vasos de flores que enfeitam os postes de iluminação; e as sucessivas casinhas baixas, todas de cores diferentes, que fazem a imagem de marca do bairro… Parece um sítio retirado de um conto infantil. É perfeito, idílico, amoroso. E, mesmo assim, traduz carácter e boémia, deixando adivinhar as festas pouco inocentes que ocorrem dentro das suas muitas casas alugadas a visitantes temporários.
O dia terminou com um travo a doçura de um bairro emblemático de Londres e um jantar tardio no Burger King de Earl’s Court, já que todos os restaurantes fecham as portas às 22h em ponto, excepto, claro, os franchisings que todos conhecemos. E vivam os franchising famosos… ;)

sábado, setembro 08, 2007

London 2007 (2)


Sábado. Não há pior dia, pelos vistos, para andar pelas ruas de Londres do que um Sábado de Agosto. É gente, gente e mais gente. Tanta gente que eu cheguei a ter pesadelos de noite, com gente que me abalroava na rua e comboios (metros) que partiam apinhados sem mim.
E nós fomos aos sítios mais apetecíveis. Saímos do hotel directinhos à zona de Westminster, para, seguindo até à Trafalgar Square, onde se situa o imponentíssimo National Gallery, chegar ao The Mall e, dali, fazer o caminho, maravilhoso, até ao Palácio de Buckingham, onde devia estar a acontecer o render da guarda.
Tudo isto fizemos. Passámos pelo N.º 10 de Downing Street, sempre bem guardado, como é possível ver – ou… não ver – na fotografia, e pelo tal imponente museu, até entrarmos no The Mall, onde nos cruzámos com os guardas rendidos, que seguimos até à Clarence House, junto ao Palácio de St. James, residência do Príncipe Carlos. Antes disto ainda tivemos tempo para descansar no plácido Parque de St. James.
Buckingham é sempre grandioso. Mas torna-se difícil vê-lo, quando à nossa volta zumbem milhares de pessoas. Para conseguir tirar uma fotografia semi-decente, tínhamos de esperar largos minutos, de máquina em riste, até não estar a passar ninguém à frente da câmara, atrás do modelo, à volta da cena... Uff! Uma canseira!
Visto, admirado e fotografado o Palácio (com a Rainha lá dentro, assim indicava a bandeira hasteada), contornámos o Parque de St. James, onde um esquilo decidiu vir indagar se tínhamos comida. E lá andou, à nossa volta, curioso, tempo suficiente para nos fazer esquecer do nosso próprio tempo e prioridades…

quinta-feira, setembro 06, 2007

London 2007 (1)


Não sei fazer um balanço. Talvez nunca saiba. Como no ano passado, sinto que muito ficou por fazer. Sinto que TENHO de voltar. Suponho que este é o maior elogio que se pode fazer a uma cidade.
Saí de Coimbra em direcção ao Aeroporto de Lisboa três dias depois do fim da greve do pessoal do handling. Naquela Quinta-feira, dia 23, o meu fantasma era que a minha mala não chegasse a Luton, onde ia aterrar… Mas chegou. Não chegou foi a Londres.
No autocarro da Greenline que apanhámos de Luton para Londres, alguém ficou com a minha mala numa das paragens anteriores à nossa. Ela viria a aparecer no dia seguinte numa estação de polícia de Covent Garden, arrombada, mas intacta e com tudo o que eu tinha levado. Mas é estranho pensar que alguma alma distante andou a remexer nas minha cuequinhas e sabe a marca dos meus pensinhos diários… YUK! ;)
A Sexta-feira foi passada entre os escritórios da Greenline, o hotel em Earl’s Court e a zona de Knightsbridge, onde, à noite iríamos a um concerto dos Proms, no Royal Albert Hall. Ah, e claro, com um saltinho à estação de polícia de Halborn, para recuperar a minha mala!
O Hyde Park. O Wellington Arch (inspirado no Arco do Triunfo francês). O Harrods, com o seu irrepetível glamour e os fantásticos chocolates comprados na loja de “take away”, porque, quando se vê Cartier’s e Tiffany’s sem preço no andar térreo do armazém, fica-se com um pouco de medo de comprar o que quer que seja lá dentro… Não vão as férias terminar por ali… O Royal College of Music, com o seu museu de instrumentos que deliciou o meu namorado. O Royal Albert Hall. Magnífico. Cheio. E com um concerto perfeito, escutado a partir de um camarote! Ah, pois é! …Mais barato do que ir ao Coliseu!
E chega, porque quem já usou o metro de Londres com frequência sabe que aquilo cansa um bocado, mesmo que seja apenas a mudar de linha! Muitas escadas, muitos andares, muitos quilómetros percorridos debaixo de chão. E gente. Muita gente. Gente de todo o lado, com todos os estilos e todas as vozes. Misturadas. Em perfeita sintonia.
A minha Londres era minha outra vez.

terça-feira, setembro 04, 2007

Voltei...

Londres é a mesma.
Mas agora real.
Menos mágica. Menos assustadora. Mais minha...
E a minha vida está prestes a mudar outra vez...

Londres faz-me bem...