domingo, abril 29, 2007

Entretenimento...

A vida tem de ser mais do que riscar tarefas de uma lista. Tem de ser! É por acreditar nisso que eu ainda não capitulei, não me resignei, não desisti. Não sei bem de quê, mas não desisti… Talvez de mim…
Estou na fase do cansaço profundo.
Apanhar o comboio; demorar 40 minutos a chegar ao trabalho, ou pior!, a chegar a casa; entrar a horas e sair sabe Deus quando; trabalhar porque sim, quando ninguém mais valoriza o que fazemos. Cansa.
Já ando “a virar frangos” há muito anos e não tenho nada meu. Cansa até a repetição deste epitáfio.
Dói-me o corpo, a cabeça, os olhos.
E ainda assim, sinto-me dormente. Como se me queixasse porque é meu fazê-lo e não porque me pese particularmente a situação.
O que me continua a pesar é chegar à minha cidade todos os dias e sentir o eterno vazio de não ter nada à espera. Acordar nos dias de folga e sentir o mesmo. Isso pesa. É aqui, no cenário de sempre, que sinto que a vida é uma sucessão de tarefas sem significado de maior.
Tem de haver outra vida.
Mas eu estou bem. Pedi para ser entretida até “o meu dia chegar” e é isso que vai acontecendo.
Escrevo para viver e isso basta-me na maior parte dos dias. Tiro fotos e sinto-me a evoluir nesse campo e isso arranca-me sorrisos. Tenho o tempo das viagens para as minhas utopias e sinto que é isso que me vai levar a algum lado um dia.
E, se isso não bastasse, a partir do próximo Sábado está o George Michael, todos os dias, a ensaiar o concerto bem junto à estação do meu comboio.
…E assim me vou entretendo…

quarta-feira, abril 25, 2007

Publicidade

Hoje vou fazer publicidade descarada a pessoas que eu amo de paixão por diversos motivos: o meu namorado, uma das minhas melhores amigas e a minha banda favorita.

Pois aqui vai:

1. Flamis Trio
Além deste concerto, estarão em directo na Antena 2, na próxima Quarta-feira, dia 3 de Maio, às 19h. Prestem atenção ao pianista! ;)

2. Soulmates
Elas são a Path, a V, a Gabi, a Anna e a Diggy. São portuguesas, lindas, talentosas e, dentro do género, são fantásticas! Vão dar que falar. Go Anna!!! Podem saber mais e ouvir a música em: http://www.hi5.com/friend/profile/displayProfile.do?userid=118395114

3. Lost Highway – Bon Jovi
São fantásticos, fabulosos e já não têm nada para provar, mas, pelo que já ouvi do novo álbum - Lost Highway, que sai a 19 de Junho -, é desta que se transformam em lenda onde ainda não o são. Podem ouvir o novo single – Make A Memory, que já passa na rádio - ou saber mais em: http://www.bonjovi.com e http://www.crushmagazine.es.
(Yahoo Group de fãs portugueses: http://launch.groups.yahoo.com/group/BonJovi_Portugal)

segunda-feira, abril 23, 2007

O tuga e o riso

Eu sabia que os portugueses eram sisudos. Mas recentemente descobri uma verdade ainda mais triste e perturbadora…
Quando estou demasiado cansada e com tendência para a depressão pelo limite em que o meu corpo se encontra, contrario isso brincando. É quando me apetece espreguiçar, rir, saltar como uma criança. Normalmente, acompanho esta vontade com piadas e palhaçadas.
No outro dia estava nesse tal estado lastimoso e fui encontrar-me com uma amiga. A cada pergunta dela, apetecia-me responder-lhe mal e enrolar-me na minha casca, por isso comecei a brincar.
Quando decido isto, não há volta. É palhaçada atrás de palhaçada. Normalmente, torna-se agradável para quem está comigo, a menos que essa pessoa tenha alguma coisa contra dar um bocadinho nas vistas. Naquele caso, a minha amiga agradeceu o facto de eu ter decidido brincar em vez de me ter armado em parva.
Naquele dia lá íamos, as duas, a rir enquanto nos dirigíamos à caixa do supermercado. A menina da caixa lá disse as “boas noites” e começou a fazer a conta à minha colega. Ao riso e constantes piadas que eu dizia à minha companheira, associei um desfile em passo de manequim até ao outro lado da caixa. Também acho que saltei um bocadinho e simulei um combate de boxe, sempre acompanhado das imperceptíveis piadas.
A menina da caixa, que de início me tinha olhado com os cordiais olhos de quem “vê mas não vê”, começou a observar-me assim que me viu rir. À medida que a minha palhaçada prosseguia, o olhar dela foi mudando. Não fiz nada de propósito, nem me lembrei que os meus actos lhe poderiam interessar, mas a verdade é que quando disse o valor da conta à minha colega, os seus olhos estavam cravados em mim como se me quisesse matar.
Comentei o sucedido com a minha amiga e ela confirmou as minhas suspeitas: se estamos a rir ao pé de um tuga, o tuga assume que estamos a gozar com ele!!!

quarta-feira, abril 18, 2007

Ressaca emocional

À Terça trabalha-se 12h a 13h a fechar um semanário. Depois dorme-se umas sete horitas (p’aí 3h horas mais do que o habitual). Recebe-se 3 ou 4 sms’s a perguntar se se vai a Londres “desta vez” (e a resposta é um doloroso “não”). Recorda-se essa longínqua viagem para registar, para a posteridade, os sentimentos que evoca … E fica-se assim: desarmada, frágil, chorosa… sem nada a que se agarrar…

…Amanhã é outro dia.

segunda-feira, abril 16, 2007

YES!!!! E Coimbra entra na rota dos concertos!!! :)))

George Michael em Coimbra dia 12 de Maio
Confirmada actuação do cantor britânico em Portugal.
Está confirmada a actuação de George Michael em Portugal. A estreia do artista britânico acontece no dia 12 de Maio no Estádio Municipal de Coimbra, adianta a promotora Ritmos e Blues. O concerto está previsto para as 21h30 e os preços dos bilhetes variam entre os €35 e os €65.O cantor britânico vem a Portugal pela primeira vez poucos meses depois de editar uma compilação de êxitos. Twenty Five será com certeza o ponto de partida para um concerto recheado de sucessos da carreira de Michael a solo mas também do repertório dos Wham!.
MRV, hoje às 16:31

domingo, abril 15, 2007

Caminhos do Cinema Português

Vai decorrer em Coimbra, de 21 a 28 de Abril, a XIV edição do festival “Caminhos do Cinema Português”. Trata-se do único festival de cinema exclusivamente português, realizado em Portugal. É organizado pelo Centro de Estudos Cinematográficos da Associação Académica de Coimbra e considerado pelo ICAM (Instituto de Cinema Audiovisual e Multimédia) como o sexto Festival de Cinema em Portugal.
Além dos filmes (portugueses) a concurso – que podem ser vistos todos os dias no Teatro Académico de Gil Vicente por um preço quase simbólico -, os “Caminhos” incluem workshops abertos a todos os que se interessam pela sétima arte.
Para mais informações:
PS - Post Partilhado com o blog Coimbra dos Amores.

sexta-feira, abril 13, 2007

Inteligência animal

O “Pantufa” um gato preto, jovem que vive na minha zona. Nasceu na casa ao lado da minha, mas, como aqueles donos, pelos vistos, não lhe davam os mimos que ele queria, rapidamente se mudou para outro “poiso”, por sinal, um pouco longe daqui.
Lá passou a comer, beber e dormir. Tinha brinquedos, rações e petiscos próprios. As novas “donas” comunicaram à antiga proprietária o sucedido e ela disse-lhes que se o gato “regressasse à base”, cuidaria dele, se preferisse a nova casa, tudo bem na mesma. O “Pantufa” ficou pelas “outras bandas” durante meses, só vindo a casa ao Domingo, dia em que não tinha ninguém que o apaparicasse na nova residência.
Por delicadeza, as “novas donas” comunicavam todas as decisões acerca do bichano à minha vizinha. Comunicaram, por exemplo, que o gato estava a ficar adulto, pelo que estava na altura de o castrar. Até já tinham marcado a consulta...
Suponho que o “Pantufa” gostava da nova casa. Tinha muitas mais regalias do que tem aqui. As “novas donas” acarinhavam-no e compravam-lhe brinquedos e guloseimas de propósito. Tinha sempre um pires de leite à espera e tudo. Mas a ideia de perder os “tintins” definitivamente não lhe agradou! É que, depois daquela conversa telefónica – que teoricamente nenhum felino tem forma de perceber! -, o bicho “arrumou as malas” e voltou para este lado do Universo. NUNCA mais voltou “à casa nova”! (…Conservando desta forma os preciosos apetrechos masculinos…)

terça-feira, abril 10, 2007

Viajar...

Não sei se é por andar a dormir em pé que ando a sonhar acordada. Não consigo evitar a estranha sensação de que esta rotina é temporária e que, em breve, vou viajar.
É que é a viajar que eu sou feliz. Mesmo quando me aborreço ou quando algo corre mal em viagem, o simples facto de ir de mala na mão em direcção ao desconhecido põe-me os cabelinhos em pé, no bom sentido. É em viagem que me descubro e é em viagem que o meu espírito serena.
Quando fico no mesmo sítio muito tempo, começo a sufocar. Literalmente. Fico com um aperto no peito e ele começa a doer quando inspiro fundo. Este fim-de-semana foi assim. Já há muito tempo que ando a respirar o mesmo ar. Começo a sentir que estou a estagnar e é uma chatice.
Por isso, quando vou no meu comboio com o sol da manhã a inundar-me o rosto, a minha mente fica dispersa, cheia de lugares distantes e outras pessoas.
Talvez seja um mecanismo de defesa. Talvez seja apenas o típico efeito do sol em mim. Talvez seja uma premonição… Quem dera…

sexta-feira, abril 06, 2007

Aproveitar a vida

Um fim-de-semana de três dias. Raro na vida de um(a) jornalista!
Devia aproveitá-lo para... sei lá… Raptar o meu namorado? Ir passear com amigos? Conviver com a família?
Algo do género…
Mas… O namorado tem trabalho. Os amigos estão fora da cidade. E a família está dispersa como sempre esteve.
Acordo tarde, depois de me deitar tarde. De repente, na minha cabeça, começa um replay da minha vida como ela era há umas semanas: sem objectivos, sem razões para sair da cama, sem ninguém à espera.
Meu Deus, como eu detesto este sentimento! Se tivesse sido sempre assim até agora, eu já me tinha atirado ao rio!
...Bendito emprego de merda!

domingo, abril 01, 2007

Porque estou onde estou...?

Eu acredito que há sempre um motivo para tudo. À luz do tempo, é possível descobrir porque fizemos as escolhas que fizemos, porque nos aconteceu isto ou aquilo. Sempre. Estas são revelações que ocorrem com a distância temporal. É impossível percebermos a razão do que nos está a acontecer quando nos está a acontecer. Mas também é inevitável pensar nisso.
A minha mente – enquanto passa longos minutos a ouvir o som característico e embalador do deslizar do comboio – tenta agora descortinar a razão pela qual eu fui parar aquela vila. Haverá um motivo…
Eu sei que não é ainda este o meu derradeiro caminho. Sei que estou a ser habilmente entretida. Sei que há uma lição para aprender antes de continuar em direcção ao que devo almejar (seja lá o que isso for). Mas o quê? Porquê? Porquê ali?
Ter-me-á sido dado tempo para executar projectos que antes não tinha energia para executar? Será o tempo passado no comboio que me vai dar essa oportunidade? Será que eu tinha de voltar a escrever publicamente para que alguém acredite que eu tenho algo a mostrar? Algum talento escondido? Conhecerei alguém que se tornará importante para o meu futuro? Estarei lá apenas para tocar a vida de quem me rodeia? Para lhes levar um pouco de loucura e alegria? Para lhes dar uma nova visão da vida? Será à vila que eu devo algo? Ou ela que me deve a mim?
Não sei.
Sei que ao contrário da soma dos factos – que daria um resultado negativo – a minha “nova vida” é-me agradável. E tem haver um motivo para eu achar que estou exactamente onde devo estar neste momento, mesmo sabendo que não é ali que reside o meu futuro…