Com a magia das novas tecnologias e a promessa, no site do Vaticano, de que aquela era a maneira ideal de evitar filas, tínhamos comprado os bilhetes para os Museus do Vaticano online. Por isso, naquela Sexta-feira, o nosso destino estava já traçado.
Chegámos à Piazza Cavour por volta das 11h30. Com a certeza de que íamos ser mal tratados pelos empregados, entrámos num café. O meu gajo queria “acordar”, por isso dirigiu-se ao balcão para pedir um café… E foi recebido com um sonoro “bongiorno!” acompanhado do maior sorriso que tínhamos visto até ali por terras italianas! Feito o pedido, voltou à mesa de boca aberta. “Esta mulher devia ser despedida!”, disse-me a gozar. “Quem é que ela pensa que é a desvirtuar desta maneira vil a hotelaria italiana?!” Esperámos na expectativa. A mulher continuava a limpar mesas e balcões com o mesmíssimo sorriso simpático e cúmplice para com os clientes (na verdade, àquela hora, éramos os único clientes do pequeno café. Mas éramos o mais cúmplices possível!...) “Deve ter um doutoramento em hotelaria tirado no estrangeiro!”, concluímos.
O café chegou à mesa rapidamente… E mereceu foto! Ele tinha pedido apenas UM CAFÉ. Mas, na mesa, repousavam: um café (“expresso”), um copo, um jarrinho de água e um bolinho em miniatura. Pela módica quantia de 2 euros… Mais uma surpresa romana que não valia a pena questionar…
Andando e fotografando, percorremos a praça, contornámos o Castel Sant’Angelo, admirámos o maravilhoso anjo que o coroa, atravessámos a ponte de Sant’Angelo para Roma e voltámos ao Vaticano pela Ponte Vittorio Emanuelle II, deleitando-nos com cada escultura. Apanhámos a Via Conziliazione que liga Sant’Angelo a São Pedro e chegámos, calmamente, à mítica praça dos católicos. No total, foi um percurso pequenino, mas delicioso. Ao fim dos nove dias de férias, este estava eleito o meu local favorito, por se ter tornado tão habitual e confortável. …Ironia das ironias, eu - que não sou católica - encontrei no Vaticano o meu lugar especial em Roma… Enfim…
Debaixo de um sol impiedoso, contornámos São Pedro até chegarmos às portas dos Museus do Vaticano juntamente com dezenas de turistas suados de todas as nacionalidades. Nos e-tickets a nossa entrada estava marcada para as duas da tarde, mas nós chegámos ao local pouco depois da uma e, passado o ritual das revistas, conseguimos alcançar a frescura do lobby dos museus. Mas talvez o tal ritual das revistas mereça que me detenha um pouco…
Ora… Para se entrar em qualquer edifício do Vaticano tem de se passar por um detector de metais e, mais importante do que isso, ser aprovado pelo olhar experiente dos “polícias dos costumes”. Estes senhores, com um ar que impõe algum respeito, têm a função de deixar entrar apenas quem obedece ao dress code do Estado, a saber: nada de decotes pronunciados e os ombros e as pernas devem estar parcialmente cobertos.
Já ia avisada e, por isso, cumpri sempre o tal dress code (até cheguei a comprar uma t-shirt extra para voltar à Basílica de São Pedro). Mas, à distância de quem não está ainda a viver o momento, esta obrigatoriedade fez-me criticar e espernear contra a retrógrada Igreja Católica. No entanto, lá chegada, mesmo uma liberal como eu consegue perceber que não há neste dever grandes exageros, nem qualquer tentativa descarada de repressão por parte dos tais profissionais. O Vaticano exige um mínimo de decência e respeito e os tais polícias limitam-se a cumprir as regras e, pelo que vi, com critérios absolutamente compreensíveis… Ou seja, não é necessário usar uma burka, nem sequer calças ou camisolas de gola alta. Basta não exagerar na chicha à mostra… Calções até ao joelho e t-shirt is fine. Não me chocou nada ter de o fazer e, depois de ver quem ficava à porta, saí de lá a concordar plenamente e a perceber a necessidade desta “lei”… (Roma é quente, quente…LOL)
Conscientes de que ver os Museus do Vaticano demora muitas e muitas horas, tirámos uns snacks da máquina, comemo-los para servirem de almoço, fomos fazer o xixizinho da praxe e perdemos alguns minutos a descansar um pouco, sentadinhos apenas a curtir o ar condicionado. Depois, ganhámos coragem e atirámo-nos ao espólio inigualável que aqueles edifícios encerram.
Pagámos pelo audio guide e entrámos nas fantásticas alas determinados a esmiuçar o possível. Sabíamos que não seria realista ver tudo ao pormenor, portanto, tínhamos escolhido algumas secções favoritas: a ala greco-romana, o apartamento dos Bórgia, as salas de Rafael e, claro, à Capela Sisitina. O mapa dos museus estava extremamente bem sinalizado e as setas ao longo do percurso indicavam sempre a direcção da famosa capela.
No Vaticano há de TUDO! Tudo! Arte egípcia, sarcófagos com múmias intactas, esculturas incríveis do período greco-romano, bustos trabalhados, galeria das tapeçarias, galeria dos mapas, biblioteca, arte sacra, arte moderna, arte contemporânea… Não acaba nunca! Até os tectos e corredores são únicos! Abres a boca aqui e ali já é mais incrível. Estão lá representados trabalhos de TODOS os artistas grandes de que me lembro, pintores, escultores, todos. Alguém já viu um Dali ao vivo? Um Chagal? Uma estátua de Canova? …Brutal! É uma experiência de verdadeira humildade estar perante algumas daquelas obras! Ah! E sim, é verdade a tal história das estátuas mutiladas. Infelizmente, muitas (senão todas) as estátuas que representam nus masculinos no Vaticano têm uma parra em vez do pénis… Enfim… No comments.
Antes de chegar a extraordinária Capela Sistina, e depois de um espólio inacreditável de obras de arte, ainda conseguimos “levar” outra “bofetada artística”. As salas (ou Stanze) de Rafael! São quatro aposentos decorados entre 1508 e 1524 pelo pintor renascentista e seus auxiliares, a pedido do Papa Júlio II… Pois bem… São breathtaking! De audio guide a debitar motivos e metáforas no ouvido, ficámos, de boca aberta, a olhar para cada um dos frescos. Estavam ao alcance da mão e eram… Não há palavras! …Não estou a dar uma de culta e esclarecida, que fica horas a olhar para um quadro a fingir que percebe o que aquilo é. Não. São MESMO… Se quiserem, são, tão só, LINDOS! Delicados. Preciosos. Enterram-nos emoções na alma. É isso.
Depois a Capela Sistina.
Bom, antes de falar da Capela em si, eu sinto-me obrigada a dizer que a última coisa para a qual eu estava preparada era para ter MILHARES de pessoas enfiadas naquele espaço ao mesmo tempo. A respiração, o suor, o zumzum. MEDO! Nem acreditava que AQUILO era a Capela Sistina. Tal como no Coliseu, a sensação que fica é de ABSOLUTO respeito por aquele património! Mas adiante…
A Capela… A Capela… Sei lá. Já tanto se disse sobre a capela e ninguém está preparado para ela. Sabem o que disse acerca das salas de Rafael… Pois é. É isso. Tanta história. Tantas intenções. Tanta delicadeza. Imaginar uma série de homens, anos a fio, a colocar gesso naquelas paredes e a pintá-lo, ainda fresco, a cravar-lhe traços, intenções e emoções. Sem borrachas ou decalques. E pensar que dentro daquelas quatro paredes são eleitos os Papas. Arrepia. Completamente.
Pronto, confesso!, assim que entrei, desatei a fotografar tudo! SEM FLASH! Obviamente. Só depois vi os sinais de proibido e ouvi a gravação que exigia que ninguém fotografasse e que se fizesse silêncio…
Estivemos cerca de uma hora na Capela. Nessa hora, ela esteve sempre cheia de gente a entrar e a sair, ao ponto de não ser possível dar um passo sem tocar em alguém. Mesmo assim, ouvimos todas – a longuíssima – descrição de todos os quadros representados nas paredes e a do Juízo Final mais do que uma vez. Aquilo é verdadeiramente extraordinário! Saímos do Vaticano pela famosa espiral. Estávamos exaustos!
Precisávamos urgentemente de comida! Por isso, às 18H30 da tarde estávamos a deliciar-nos com uma lasagna na Piazza del Risorgimento! Depois apanhámos um autocarro. A ideia era ir até á Piazza di Spagna, mas antes parámos no Termini para apreciar a estação. E ela, claro!, é colossal! Parece um terminal de aeroporto! Fotografámos, apreciámos a fila do shuttle para o aeroporto, percorremos os corredores cheios de lojas fashion. Percebemos que, por dentro, o Termini é bem moderno e funcional.
Na Praça de Espanha – a tal da escadaria que Claudia Shiffer descia na Moda Roma –, ia haver um espectáculo, portanto, as escadas estavam cobertas por centenas de turistas. Parecia que todos eles já tinham ido aos respectivos hotéis tomar o seu banhinho e só nós é que continuávamos imundo e suados. Exaustos, abancámos na famosa escadaria e esperámos pelo que ia acontecer…
…Mas uma hora depois ainda nada tinha acontecido e as costas, os pés, o cansaço estavam a chegar ao limite, despertando um mau humor difícil de contornar… Só quando nos levantámos, desistindo do espectáculo, e descíamos já a enorme escadaria, pedindo perdão a cada passo por incomodar os espectadores, é que começámos a ver os artistas a entrar em cena junto à fonte. Ficámos mais um pouco. O suficiente para vermos – mal! e trás de não sei quantas pessoas! - uma coreografia do filme West Side Story. Depois um tenor, acompanhado de um pianista, a cantar uma versão – digamos – alternativa do Sole Mio. Seguiram-se outras canções folclóricas italianas e, apesar de o meu gajo ser maestro de um coro, eu fui horrível e expliquei-lhe que estava demasiado cansada para continuar ali, em pé, desconfortável e sacrificada.
Ainda tentámos jantar por ali, mas tudo parecia demasiado agreste – em termos de preço, barulho e conforto. “Façamos o que fizermos, tu falas com os empregados! Se alguém for mau para mim hoje, eu vou-lhe à tromba!”, expliquei ao meu gajo. Felizmente, a caminho do Metro havia uma pizzaria take away. Compramos umas generosas fatias de pizza e fizemos um delicioso piquenique no hotel. No final, de banho tomado, adormecemos, de comando na mão, a ver o canal Live, que passa 24 horas de concertos ao vivo.
Chegámos à Piazza Cavour por volta das 11h30. Com a certeza de que íamos ser mal tratados pelos empregados, entrámos num café. O meu gajo queria “acordar”, por isso dirigiu-se ao balcão para pedir um café… E foi recebido com um sonoro “bongiorno!” acompanhado do maior sorriso que tínhamos visto até ali por terras italianas! Feito o pedido, voltou à mesa de boca aberta. “Esta mulher devia ser despedida!”, disse-me a gozar. “Quem é que ela pensa que é a desvirtuar desta maneira vil a hotelaria italiana?!” Esperámos na expectativa. A mulher continuava a limpar mesas e balcões com o mesmíssimo sorriso simpático e cúmplice para com os clientes (na verdade, àquela hora, éramos os único clientes do pequeno café. Mas éramos o mais cúmplices possível!...) “Deve ter um doutoramento em hotelaria tirado no estrangeiro!”, concluímos.
O café chegou à mesa rapidamente… E mereceu foto! Ele tinha pedido apenas UM CAFÉ. Mas, na mesa, repousavam: um café (“expresso”), um copo, um jarrinho de água e um bolinho em miniatura. Pela módica quantia de 2 euros… Mais uma surpresa romana que não valia a pena questionar…
Andando e fotografando, percorremos a praça, contornámos o Castel Sant’Angelo, admirámos o maravilhoso anjo que o coroa, atravessámos a ponte de Sant’Angelo para Roma e voltámos ao Vaticano pela Ponte Vittorio Emanuelle II, deleitando-nos com cada escultura. Apanhámos a Via Conziliazione que liga Sant’Angelo a São Pedro e chegámos, calmamente, à mítica praça dos católicos. No total, foi um percurso pequenino, mas delicioso. Ao fim dos nove dias de férias, este estava eleito o meu local favorito, por se ter tornado tão habitual e confortável. …Ironia das ironias, eu - que não sou católica - encontrei no Vaticano o meu lugar especial em Roma… Enfim…
Debaixo de um sol impiedoso, contornámos São Pedro até chegarmos às portas dos Museus do Vaticano juntamente com dezenas de turistas suados de todas as nacionalidades. Nos e-tickets a nossa entrada estava marcada para as duas da tarde, mas nós chegámos ao local pouco depois da uma e, passado o ritual das revistas, conseguimos alcançar a frescura do lobby dos museus. Mas talvez o tal ritual das revistas mereça que me detenha um pouco…
Ora… Para se entrar em qualquer edifício do Vaticano tem de se passar por um detector de metais e, mais importante do que isso, ser aprovado pelo olhar experiente dos “polícias dos costumes”. Estes senhores, com um ar que impõe algum respeito, têm a função de deixar entrar apenas quem obedece ao dress code do Estado, a saber: nada de decotes pronunciados e os ombros e as pernas devem estar parcialmente cobertos.
Já ia avisada e, por isso, cumpri sempre o tal dress code (até cheguei a comprar uma t-shirt extra para voltar à Basílica de São Pedro). Mas, à distância de quem não está ainda a viver o momento, esta obrigatoriedade fez-me criticar e espernear contra a retrógrada Igreja Católica. No entanto, lá chegada, mesmo uma liberal como eu consegue perceber que não há neste dever grandes exageros, nem qualquer tentativa descarada de repressão por parte dos tais profissionais. O Vaticano exige um mínimo de decência e respeito e os tais polícias limitam-se a cumprir as regras e, pelo que vi, com critérios absolutamente compreensíveis… Ou seja, não é necessário usar uma burka, nem sequer calças ou camisolas de gola alta. Basta não exagerar na chicha à mostra… Calções até ao joelho e t-shirt is fine. Não me chocou nada ter de o fazer e, depois de ver quem ficava à porta, saí de lá a concordar plenamente e a perceber a necessidade desta “lei”… (Roma é quente, quente…LOL)
Conscientes de que ver os Museus do Vaticano demora muitas e muitas horas, tirámos uns snacks da máquina, comemo-los para servirem de almoço, fomos fazer o xixizinho da praxe e perdemos alguns minutos a descansar um pouco, sentadinhos apenas a curtir o ar condicionado. Depois, ganhámos coragem e atirámo-nos ao espólio inigualável que aqueles edifícios encerram.
Pagámos pelo audio guide e entrámos nas fantásticas alas determinados a esmiuçar o possível. Sabíamos que não seria realista ver tudo ao pormenor, portanto, tínhamos escolhido algumas secções favoritas: a ala greco-romana, o apartamento dos Bórgia, as salas de Rafael e, claro, à Capela Sisitina. O mapa dos museus estava extremamente bem sinalizado e as setas ao longo do percurso indicavam sempre a direcção da famosa capela.
No Vaticano há de TUDO! Tudo! Arte egípcia, sarcófagos com múmias intactas, esculturas incríveis do período greco-romano, bustos trabalhados, galeria das tapeçarias, galeria dos mapas, biblioteca, arte sacra, arte moderna, arte contemporânea… Não acaba nunca! Até os tectos e corredores são únicos! Abres a boca aqui e ali já é mais incrível. Estão lá representados trabalhos de TODOS os artistas grandes de que me lembro, pintores, escultores, todos. Alguém já viu um Dali ao vivo? Um Chagal? Uma estátua de Canova? …Brutal! É uma experiência de verdadeira humildade estar perante algumas daquelas obras! Ah! E sim, é verdade a tal história das estátuas mutiladas. Infelizmente, muitas (senão todas) as estátuas que representam nus masculinos no Vaticano têm uma parra em vez do pénis… Enfim… No comments.
Antes de chegar a extraordinária Capela Sistina, e depois de um espólio inacreditável de obras de arte, ainda conseguimos “levar” outra “bofetada artística”. As salas (ou Stanze) de Rafael! São quatro aposentos decorados entre 1508 e 1524 pelo pintor renascentista e seus auxiliares, a pedido do Papa Júlio II… Pois bem… São breathtaking! De audio guide a debitar motivos e metáforas no ouvido, ficámos, de boca aberta, a olhar para cada um dos frescos. Estavam ao alcance da mão e eram… Não há palavras! …Não estou a dar uma de culta e esclarecida, que fica horas a olhar para um quadro a fingir que percebe o que aquilo é. Não. São MESMO… Se quiserem, são, tão só, LINDOS! Delicados. Preciosos. Enterram-nos emoções na alma. É isso.
Depois a Capela Sistina.
Bom, antes de falar da Capela em si, eu sinto-me obrigada a dizer que a última coisa para a qual eu estava preparada era para ter MILHARES de pessoas enfiadas naquele espaço ao mesmo tempo. A respiração, o suor, o zumzum. MEDO! Nem acreditava que AQUILO era a Capela Sistina. Tal como no Coliseu, a sensação que fica é de ABSOLUTO respeito por aquele património! Mas adiante…
A Capela… A Capela… Sei lá. Já tanto se disse sobre a capela e ninguém está preparado para ela. Sabem o que disse acerca das salas de Rafael… Pois é. É isso. Tanta história. Tantas intenções. Tanta delicadeza. Imaginar uma série de homens, anos a fio, a colocar gesso naquelas paredes e a pintá-lo, ainda fresco, a cravar-lhe traços, intenções e emoções. Sem borrachas ou decalques. E pensar que dentro daquelas quatro paredes são eleitos os Papas. Arrepia. Completamente.
Pronto, confesso!, assim que entrei, desatei a fotografar tudo! SEM FLASH! Obviamente. Só depois vi os sinais de proibido e ouvi a gravação que exigia que ninguém fotografasse e que se fizesse silêncio…
Estivemos cerca de uma hora na Capela. Nessa hora, ela esteve sempre cheia de gente a entrar e a sair, ao ponto de não ser possível dar um passo sem tocar em alguém. Mesmo assim, ouvimos todas – a longuíssima – descrição de todos os quadros representados nas paredes e a do Juízo Final mais do que uma vez. Aquilo é verdadeiramente extraordinário! Saímos do Vaticano pela famosa espiral. Estávamos exaustos!
Precisávamos urgentemente de comida! Por isso, às 18H30 da tarde estávamos a deliciar-nos com uma lasagna na Piazza del Risorgimento! Depois apanhámos um autocarro. A ideia era ir até á Piazza di Spagna, mas antes parámos no Termini para apreciar a estação. E ela, claro!, é colossal! Parece um terminal de aeroporto! Fotografámos, apreciámos a fila do shuttle para o aeroporto, percorremos os corredores cheios de lojas fashion. Percebemos que, por dentro, o Termini é bem moderno e funcional.
Na Praça de Espanha – a tal da escadaria que Claudia Shiffer descia na Moda Roma –, ia haver um espectáculo, portanto, as escadas estavam cobertas por centenas de turistas. Parecia que todos eles já tinham ido aos respectivos hotéis tomar o seu banhinho e só nós é que continuávamos imundo e suados. Exaustos, abancámos na famosa escadaria e esperámos pelo que ia acontecer…
…Mas uma hora depois ainda nada tinha acontecido e as costas, os pés, o cansaço estavam a chegar ao limite, despertando um mau humor difícil de contornar… Só quando nos levantámos, desistindo do espectáculo, e descíamos já a enorme escadaria, pedindo perdão a cada passo por incomodar os espectadores, é que começámos a ver os artistas a entrar em cena junto à fonte. Ficámos mais um pouco. O suficiente para vermos – mal! e trás de não sei quantas pessoas! - uma coreografia do filme West Side Story. Depois um tenor, acompanhado de um pianista, a cantar uma versão – digamos – alternativa do Sole Mio. Seguiram-se outras canções folclóricas italianas e, apesar de o meu gajo ser maestro de um coro, eu fui horrível e expliquei-lhe que estava demasiado cansada para continuar ali, em pé, desconfortável e sacrificada.
Ainda tentámos jantar por ali, mas tudo parecia demasiado agreste – em termos de preço, barulho e conforto. “Façamos o que fizermos, tu falas com os empregados! Se alguém for mau para mim hoje, eu vou-lhe à tromba!”, expliquei ao meu gajo. Felizmente, a caminho do Metro havia uma pizzaria take away. Compramos umas generosas fatias de pizza e fizemos um delicioso piquenique no hotel. No final, de banho tomado, adormecemos, de comando na mão, a ver o canal Live, que passa 24 horas de concertos ao vivo.
4 comentários:
Ai... rapariga... estás a fazer aumentar o meu "bichinho" por Roma!!!!!
Os teus relatos são fantásticos mesmo!!!!!
Também não sou muito virada para as religiões, mas imagino que visitar o Vaticano, a capela Sistina, ver tantas obras inigualáveis é de facto arrebatador!
Se me puderes enviar o teu roteiro de Londres eu agradecia. Ainda não está decidido se vamos mesmo ainda este ano, mas pode ser que um roteiro nos faça dar esse salto ;-)
Podes enviar para carracinha.linda@hotmail.com
Obrigada!!
Beijinhos
Eu ADORAVA ir ao Vaticano...e acredita, de católica tenho muito pouco :)))
roma...
dia para dia...
na verdade, italia implica ir só a uma cidade, assim tenho feito., uma vez veneza, outra milão, em breve será roma...
abrazos serranos y europeos
carracinha!
Enviarei!
Dá-me um tempinho para o procurar!
Bjs.
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