quinta-feira, fevereiro 26, 2009
Alma gémea
Há dias em que o sol brilha fora da janela e a escuridão aniquila o coração dentro do peito. Dias em que o olhar não encontra repouso, em que os sinais não são lidos e os pedidos de ajuda ignorados. São dias em que a solidão toma conta do corpo e da alma e a capacidade de resistir vai diminuindo até ficar totalmente prostrada aos pés de quem caminha sem olhar para trás, sem estender a mão, sem perceber que o outro se está a perder nas entrelinhas de uma vida que lhe passa ao lado, de uma longa e eterna luta para manter a esperança, em suma, de uma enorme perda de tempo.
Se existe solidão tão grande também tem de haver o antídoto.
Suponho que a alma gémea é isso: é nunca mais estar abandonado(a) na solidão.
Se existe solidão tão grande também tem de haver o antídoto.
Suponho que a alma gémea é isso: é nunca mais estar abandonado(a) na solidão.
terça-feira, fevereiro 17, 2009
Ricardo Afonso - Portuguese actor in London
Ricardo Afonso é o protagonista do musical dos Queen ,"We Will Rock You", em cena no West End, em Londres, mais exactamente no Dominion Theatre, em Tottenham Court Road. Fui ver o espectáculo (que é fabuloso) e fiquei MUITO impressionada com o actor principal (e com todo o elenco, para dizer a verdade!). Só depois descobri que É PORTUGUÊS!
Durante bastante tempo escrevi e-mails a recordar o Ricardo Afonso cada vez que a Comunicação Social falava de portugueses bem sucedidos no estrangeiro e se esquecia dele. Recentemente, fui vingada! A RTP deu esta reportagem.
Parabéns, Ricardo Afonso! Sou tua fã.
quarta-feira, fevereiro 04, 2009
Escrever
A modos que… não me apetece escrever hoje…
Quer dizer, apetecia-me passar estes dias de chuva aninhada numa casa que fosse um lar a escrever, sim, ficção, longa, em prosa. Um romance, um filme, um livro, grande, interminável, saído da minha imaginação.
Já não acredito nas minhas obras adolescentes. Não foram escritas nos teen years, mas são adolescentes, sim, com motivações adolescentes e pensamentos adolescentes e desenvolvimentos adolescentes.
Preciso de me dedicar a uma obra de que não me envergonhe. Grande, sólida, completa. Que me esgote e me faça renascer.
Quero voltar aos sonhos privados e pecaminosos de pôr no papel estórias que revelam mais de mim do que os meus desabafos. Quero sentir-me desafiada pela minha própria imaginação, quero deslumbrar-me no que descubro sobre mim quando penso que ninguém está a olhar. Quero arrancar, lá bem do fundo da alma, uma história grande que me envolva e me transporte para outra realidade… para conseguir continuar a suportar esta. Quero conhecer novas personagens, atirá-las ao mundo e deixar que ganhem vida própria e que sejam elas a decidir o seu destino.
Quero passar novamente por esse processo atroz e devastador que é criar.
…Mas esse não é o meu day job e a criatividade exige disponibilidade que eu não tenho…
Por isso, hoje não me apetece escrever. Cansei-me de escrever ninharias com os desabafos do costume (por muito que eu tente, os desabafos saem iguais aos do costume) e que sei serem escritas para serem lidas. Cansei-me, serenamente, de pôr frases sem consequência no papel. Cansei-me de mim dos meus desabafos.
Por isso, hoje não. Escrever. Não quero.
(Nota do autor: Respondi aos comentários do post anterior. Obrigada a todos.)
Quer dizer, apetecia-me passar estes dias de chuva aninhada numa casa que fosse um lar a escrever, sim, ficção, longa, em prosa. Um romance, um filme, um livro, grande, interminável, saído da minha imaginação.
Já não acredito nas minhas obras adolescentes. Não foram escritas nos teen years, mas são adolescentes, sim, com motivações adolescentes e pensamentos adolescentes e desenvolvimentos adolescentes.
Preciso de me dedicar a uma obra de que não me envergonhe. Grande, sólida, completa. Que me esgote e me faça renascer.
Quero voltar aos sonhos privados e pecaminosos de pôr no papel estórias que revelam mais de mim do que os meus desabafos. Quero sentir-me desafiada pela minha própria imaginação, quero deslumbrar-me no que descubro sobre mim quando penso que ninguém está a olhar. Quero arrancar, lá bem do fundo da alma, uma história grande que me envolva e me transporte para outra realidade… para conseguir continuar a suportar esta. Quero conhecer novas personagens, atirá-las ao mundo e deixar que ganhem vida própria e que sejam elas a decidir o seu destino.
Quero passar novamente por esse processo atroz e devastador que é criar.
…Mas esse não é o meu day job e a criatividade exige disponibilidade que eu não tenho…
Por isso, hoje não me apetece escrever. Cansei-me de escrever ninharias com os desabafos do costume (por muito que eu tente, os desabafos saem iguais aos do costume) e que sei serem escritas para serem lidas. Cansei-me, serenamente, de pôr frases sem consequência no papel. Cansei-me de mim dos meus desabafos.
Por isso, hoje não. Escrever. Não quero.
(Nota do autor: Respondi aos comentários do post anterior. Obrigada a todos.)
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