Boas festas para todos. Muitos sonhos em 2008. ;)
sábado, dezembro 22, 2007
BOAS FESTASSSSSSSSSS!
Digo-vos isto com tristeza, este ano não vai haver presépio:
- A vaca está louca, não se segura nas pernas...
- Os reis magos não podem vir porque os camelos estão no governo...
- Nossa Senhora e S. José foram meter os papéis para o rendimento mínimo...
- O Tribunal de Menores ordenou a entrega do menino Jesus ao pai biológico...
- A ASAE mandou fechar o estábulo por falta de condições
Pelo sim, pelo não, passo já para a “segunda parte do filme”: BOM ANO NOVO!!!!
;-)
Bom, OK… Just in case: Feliz Natal!
:)
sábado, dezembro 15, 2007
terça-feira, dezembro 11, 2007
Criminosa intelectual
Num letreiro lia-se “Não se copiam livros”.
Espantei-me. Uma série de pensamentos passaram, a correr, pelo meu cérebro: “Não se copiam livros?! Venho aqui há uma data de anos e agora é que vejo isto?! Será que eu estou doida ou já me fartei de copiar livros aqui?”
De testa engelhada considerei desistir. Uma amiga tinha-me emprestado um livro de marketing (que, por tradição, são caríssimos!) que eu nunca compraria. Mas, como ela mo deixou trazer para casa, acabei por descobrir pontos de interesse. Pedi-lhe e ela permitiu que eu o copiasse. Era isso que lá ia fazer.
Mas agora sentia-me uma criminosa. Eu, que até defendo com unhas e dentes os direitos de autor! Sentia-me uma prevaricadora sem moral! Um verme sem espinha dorsal…
Vermelha de vergonha, duvidei ter coragem para perguntar à habitual menina se aquilo era mesmo verdade.
Quando estava quase a capitular, a doce melodia da voz da loura lá do sítio, olhando-me nos olhos e apontando para o livro que eu abraçava, perguntou-me:
_É para deixar ficar? – O tom era baixo e cheio de intenções…
_Sim… - Respondi timidamente.
_Só um bocadinho que eu vou ver se o meu patrão pode levá-lo para casa. – Disse aquilo como se o verdadeiro significado daquelas palavras estivesse relacionado com um segredo de estado…
Voltou passado meio segundo, pegando no livro, que eu larguei de imediato como se me queimasse as mãos.
_O meu patrão pode levá-lo.
Fê-lo desaparecer debaixo de uma série de folhas brancas na primeira das quais começou a tirar notas: o meu nome, o tipo de trabalho em abreviatura, etc.
_É para encadernar também? – Continuou baixinho e de forma despachada.
_Sim… - Respondi igualmente em surdina.
_OK. Em princípio amanhã está pronto a esta hora. Dá-me o teu número de telemóvel para o caso de acontecer algum imprevisto...
Dei-lhe o número como se aquela cena fosse normal.
Saí da loja com uma sensação estranha de ter acabado de cometer um crime. Parecia que tinha ido comprar droga ao dealer habitual enquanto a polícia rondava o local… E tenho a sensação que agora vai ser sempre assim…
segunda-feira, dezembro 03, 2007
Shhhhhhhh!
…Agora vivo com medo. O meu bem-estar é um bem público. Tornou-se real. É comentado… E, por isso, sinto-o vulnerável… Como se a bolha que me elevava no ar estivesse prestes a explodir com os impulsos complacente de um público pouco anónimo e bem intencionado. Temo, aliás, as boas intenções…
O caminho não mudou. E eu sei que estou nele, no certo, e não vou desviar-me tão cedo. Mas já não rio sozinha. E quando esperava rir com os demais, sinto-me tímida. Como se esta partilha fosse uma violação. Como se, depois de tantos anos a estudarem a minha tristeza, os que me rodeiam fossem incapazes de perceber a minha felicidade. … Ou serei eu que não a entendo, que a temo, que me intimido com tudo o que é bom nesta vida…?