quinta-feira, setembro 04, 2008

Mudança... ou nem por isso

Não sei se são os famosos 30 anos a rodopiarem no meu cérebro ou se foram as férias com a pseudo-sogra… Não sei se tem a ver com o facto de finalmente ter o ambicionado carro ou apenas com o normal processo de amadurecimento. A verdade é que tudo está a mudar…
Lembram-se de quando acordaram um dia e já tinham peito (ou voz grossa) e pelos púbicos? Pois… Suponho que estou numa fase assim. O que foi não volta a ser.
Olho para tudo com impaciência e cinismo. Já conheço todos os processos que um dia chegaram para me enganar. Já sei o resultado da maior parte das minhas acções e as consequências dos meus actos. Já conheço as razões das minhas alegrias e das minhas tristezas. E, talvez por monotonia, está a apetecer-me mudar tudo.
Ah, não gosto de espinafres? Venha uma tarte verde. Chateia-me usar amarelo? Olha que t-shirt amarelo canário tão gira! Não gosto de ginásios…? Aquela aula de pilates está a parecer-me interessante...
Não se chama puberdade, mas deve ter um nome.
É a famosa fase em que as pessoas começam a querer fazer o ninho para guardar quem mais amam, em que o que queremos já não está sujeito a negociação com pais ou amigos ou portas vão acabar por ser batidas sem dó nem piedade, e em que o vazio se apodera de nós quando olhamos para o que conseguimos até aqui e damos conta de que nada ainda nos preenche verdadeiramente. Há dias em que não temos coragem para enfrentar o mundo.
É nesta altura que muitos decidem produzir um rebento na tentativa de que esse consiga melhor… "Melhor" sendo aquilo que não conseguiram eles próprios...
Não quero um rebento (ainda), mas já quero o ninho, a autodeterminação. E, apesar de nada me preencher, já não sei revoltar-me como quando tinha 16 anos.
“Ultimamente tudo me faz chorar”, disse-me uma trintona amiga, numa daquelas discussões em que se avalia a vida inteira e se chega á conclusão de que, se calhar, até aqui ainda nada valeu a pena e que “agora” é que tudo tem de mudar. Disse-mo com a serenidade de quem já nem sequer acredita em mudanças, mas se obriga a acreditar para não se perder de vez.
“Andamos todas assim…”, respondi-lhe no mesmo tom…

10 comentários:

Gi disse...

Eu, aos 30 anos, já tinha 2 bébés para criar, um emprego que me ocupava e não tive destas coisas.

Gata Verde disse...

Acho que durante toda a vida temos fronteiras psicológicas a ultrapassar, não importa a idade.
A vida é uma encruzilhada em que por vezes é díficil escolher o caminho...

bjs

Rafeiro Perfumado disse...

Peito ou voz grossa? Espera, eu tenho a voz fina, queres ver que ainda me vão crescer mamas?!? AAAAHHHHHH!!!!

Kalua disse...

são essas quebras de rotina que dão sabor à vida... sem elas tudo (ou quase) é previsivel... há uma lenga lenga qualquer que diz que aos 30 achamos que já sabemos tudo (acho que é aos 30, tb já não me lembro!), eu só sei que nada sei... tudo vale a pena quando a alma não é pequena... vive o presente, pois o passado já não volta e o futuro pode não chegar... enfim, por aí fora...

Nilson Barcelli disse...

Já não me lembro muito bem do meu estado de espírito aos 30 anos.
Mas parece-me, à falta de melhor ideia, que se trata de cair na (vida) real.

Bom fim de semana, beijinhos

PS: a propósito do teu post anterior, tem cuidado... todo o gajo que se preze procura sempre encontrar uma mãe com quem possa casar... eheheheh...

SoNosCredita disse...

se pudesse, pagava as duas ao colo!
posso ouvir-vos...

:)
venha a sô dona gk às aulinhas de corpo & mente! weeeeeeeeee


(só agora aqui vim, por causa do teu sms)

The Star disse...

Estou a ver que as coisas para os teus lados não estão famosas. Só me resta desejar que tudo mude para bem o mais breve possível.
Fica bem, ou pelo menos, tenta.

GK disse...

Gi:
Não percebi. Isso foi Karma ou algo que querias muito...? Porque cada um sabe das suas escolhas, né...?
Confesso que o termo "essas coisas" chateia-me um bocado...
Enfim...
Bjs.

m_dyunisius disse...

Mais uma vez fico de queixo caído... Quão certeiras e incisivas são as tuas deduções... Tirando o Bon Jovi, diria que estamos em sintonia. Afinados pelo mesmo diapasão... provavelmente desafinados... e ainda bem! Sorte a tua de poderes decidir a questão dos rebentos... E mais não digo.

GK disse...

Dyunisius, pá! Um dia vou descobrir que és fã da Carmen Electra (ou algo do género) e dp está lixado cmg! LOL
;)