Chegou a casa a arrastar-se. Mal conseguiu chegar à porta. Subir o degrau exigiu-lhe forças que parecia não possuir. Mas chegou. Entrou. E, como sempre, pediu colo.
Faltou um ritual antes de se deitar para dormir nas pernas de quem estivesse disponível: não pediu comida. Deitou-se sem comer.
Algo se passava. Estava muito triste. Triste demais. Estava doente.
Não tinha nada no corpo. Não vomitou. Não se queixou. Apenas não comeu e parecia custar-lhe deslocar-se.
Os veterinários já estavam fechados e, o que quer que fosse, não parecia ser uma emergência…
Demos-lhe um remédio que devia funcionar como analgésico, um suplemento de vitaminas para substituir “o jantar” e, à ceia, obrigámo-lo, com jeitinho e uma seringa, a beber um pouco de leite.
Ao outro dia pouco comeu, mas quis sair com as gatas. Saiu. Até brincou. E à noite, até petiscou. Por precaução, foi ao veterinário, mas nada foi detectado.
Suspirámos de alívio.
Só quatro dias depois notámos um papo no lombo. Um papo enorme. Anormal. Assustador. A sensação que dava era que metade das tripas tinham mudado de sítio, já que a barriga tinha diminuído até desaparecer…
Corremos novamente ao veterinário.
O diagnóstico, desta vez, foi claro: hérnia. Suspeitava-se que o intestino tinha saído da bolsa que o envolve e passado para junto da pele.
Era uma situação perigosa. Tinha de ser operado.
Era o caçula da casa. Se ele estava a sofrer, então a questão teria ser resolvida o quanto antes. A operação ficou marcada para Segunda-feira de manhã.
No Domingo acarinhei-o como sempre, mas desta vez fiz questão de passar o serão com ele ao colo.
Tinha o coração apertado. Uma sensação horrível de que, se o abrissem, o meu bebé não ia voltar como estava até ali: de pé.
Acarinhei-o, sussurrei-lhe, confortei-o. Sei que ele o sentiu. Acreditámos juntos que a operação tinha de acontecer e que, depois, aquele ar triste com que voltou naquele dia já longínquo e que não o largou mais ia finalmente passar.
Mas não passou. Ele não voltou.
Ligaram-me do veterinário a dizer que o meu companheirinho tinha morrido durante a cirurgia. Que ele estava todo pisado por dentro. Que a situação era mais grave do que pensavam. Que apesar de terem resolvido a hérnia diagnosticada, não tinham conseguido contornar a hérnia diafragmática que encontraram e que se rasgava enquanto a suturavam.
Uma paragem cardíaca. E ele deixou-me.
Faltou um ritual antes de se deitar para dormir nas pernas de quem estivesse disponível: não pediu comida. Deitou-se sem comer.
Algo se passava. Estava muito triste. Triste demais. Estava doente.
Não tinha nada no corpo. Não vomitou. Não se queixou. Apenas não comeu e parecia custar-lhe deslocar-se.
Os veterinários já estavam fechados e, o que quer que fosse, não parecia ser uma emergência…
Demos-lhe um remédio que devia funcionar como analgésico, um suplemento de vitaminas para substituir “o jantar” e, à ceia, obrigámo-lo, com jeitinho e uma seringa, a beber um pouco de leite.
Ao outro dia pouco comeu, mas quis sair com as gatas. Saiu. Até brincou. E à noite, até petiscou. Por precaução, foi ao veterinário, mas nada foi detectado.
Suspirámos de alívio.
Só quatro dias depois notámos um papo no lombo. Um papo enorme. Anormal. Assustador. A sensação que dava era que metade das tripas tinham mudado de sítio, já que a barriga tinha diminuído até desaparecer…
Corremos novamente ao veterinário.
O diagnóstico, desta vez, foi claro: hérnia. Suspeitava-se que o intestino tinha saído da bolsa que o envolve e passado para junto da pele.
Era uma situação perigosa. Tinha de ser operado.
Era o caçula da casa. Se ele estava a sofrer, então a questão teria ser resolvida o quanto antes. A operação ficou marcada para Segunda-feira de manhã.
No Domingo acarinhei-o como sempre, mas desta vez fiz questão de passar o serão com ele ao colo.
Tinha o coração apertado. Uma sensação horrível de que, se o abrissem, o meu bebé não ia voltar como estava até ali: de pé.
Acarinhei-o, sussurrei-lhe, confortei-o. Sei que ele o sentiu. Acreditámos juntos que a operação tinha de acontecer e que, depois, aquele ar triste com que voltou naquele dia já longínquo e que não o largou mais ia finalmente passar.
Mas não passou. Ele não voltou.
Ligaram-me do veterinário a dizer que o meu companheirinho tinha morrido durante a cirurgia. Que ele estava todo pisado por dentro. Que a situação era mais grave do que pensavam. Que apesar de terem resolvido a hérnia diagnosticada, não tinham conseguido contornar a hérnia diafragmática que encontraram e que se rasgava enquanto a suturavam.
Uma paragem cardíaca. E ele deixou-me.
20 comentários:
Mas foi um galã até ao fim, viste que mesmo doentinho não resistiu a sair com as amiguinhas? Um beijo, GK, sei bem que é como perder um membro da família.
Infelizmente sei qual é a tua dor neste momento porque também a senti à 6 anos quando a minha Tucha partiu. Mas eles continuam vivos no nosso coração,acredita. Quando tiveres saudades lembra-te só dos momentos bons que passaram juntos...assim é mais fácil.
Beijinhos
:'(
lágrima contida só pq estou no trabalho...
força!
perdermos um animal é igual ou pior que perdermos alguem da nossa familia!
por isso muita força!mt mesma!
sinto muito... :(
Gargalhadas aterradoras soam no ar, andam por ai bruxas a enfeitiçar
Bruxedos, encantos, magias…
Cuidado!!! Não se deixem apanhar!!!!
(`“•.¸(`“•.¸ ¸.•“´) ¸.•“´)
♥ HAPPY HALLOWEEN ♥
(¸.•“´(¸.•“´ `“•.¸)`“ •.¸)
A Feiticeira do Fantasy
www.fotosdanadir.blogspot.com
--
O Feitiço do Just Feelings
www.ridanfeelings.blogspot.com
sinto muito amiga...
deixo-te apenas um abraço com muito carinho. :*
Nestas alturas nunca sabemos o que dizer, já que as palavras não reconfortam...
Deixo-te, simplesmente, um beijo cheio de solidariedade.
Sei que perder um animal de estimação é como perder um membro da família, mas tens que ser forte...
Um beijinho grande,
Pisces Girl.
Coitado do pavaroti...sabias que Hà quem diga que os gatos são os olhos de deus na terra?
dOCE BEIJO
Força! Eu sei bem o k é isso...doi tanto.
que horror que tristeza... tadinho... tao lindo ele! Mas achas que o maltrataram na rua? Alguem lhe deu um chuto? Teria sido atropelado?
Eu andaria ai a farejar os cantos todos da rua para saber o que lhe tinha acontecido! Injustica!
Nao sei que te diga... so que fico sempre muito tocada com estas coisas. Mas ele teve uma vida bem tratada e digna... e so isso ja e' bom saber.
E era tão lindo...
Só quem tem animais em casa é que percebe pelo que passaste e o que sentes depois do ocorrido.
Beijinhos.
Obrigada a todos.
Quanto mais conheço os homens mais gosto do meu cão.
Já me vou tentando mentalizando para o dia em que ele partir porque já tem 12 anos.
É sempre (vai ser) um grande choque.
Um grande abraço
sabes sou um apaixonado por animais, e entendo a dor que sentiste, beijos
Mais animadita?
Beijocas
(Que falta de sensibilidade desta jove,que hora mais impropria para fazer publicidade
♥≈Nღdir≈♥ disse...)
Coitadito do Pavarotti, realmente deve-lhe ter acontecido alguma coisa na rua, para ter as entranhas tão "deslocadas"... Eu tenho 4 gatos e nem quero imaginar o dia em que partirem...Já agora, que idade é que ele tinha mesmo?
Beijinhos
Betânia
Mais uma vez, obrigada a todos.
Gata Verde:
Sim, mais animadita. Já passou algum tempo. Mas recordar custa sempre. Embora sempre tenha tido animais e já tenha lidado com a morte deles muitas vezes, nunca é fácil. E este bichinho em particular era um doce... :(
Batânia:
Tinha à volta um ano. Não temos a certeza, porque, como todos os animais que tenho em casa, ele foi abandonado na minha rua...
Bjs a todos.
Oh GK... lamento muito a tua perda...
Mas o Pavarotti sabe que lhe deste muito carinho e fizeste o possível para o ajudar. E tu tens certamente muitas recordações deste bichinho lindo. essas recordações não se perdem.
Um beijinho grande.
se eu fiquei como estou, assim, tao triste, qd acabei de ler o que escreveste, imagino como te sentiste... :( um beijinho pra ti*
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