Este está a ser provavelmente o mês mais cansativo da minha curta vida.
Em Junho, além do Rock in Rio, fiz uma viagem a Barcelona, festejei o meu aniversário, ando em processo de legalização de um carro (importado de França) e tenho um stand da empresa aberto numa feira industrial local que acrescenta à minha equipa de três pessoas 61 horas de trabalho além do horário laboral (para não falar da montagem e desmontagem da mesma)… Mas não é tudo…
Uma das minhas melhores amigas vai casar. Ora, moi-même foi escolhida para madrinha, o que quer dizer que a festa de despedida de solteira – marcada para o próximo Sábado, bem no meio da p*** da feira – tem de ser decente! E quem é que coordena as operações nestes casos, quem é? A madrinha, ou seja, aqui a je, pois claro!
Está tudo quase pronto. Mas tal como aconteceu com Barcelona ou com o meu aniversário, a minha única dúvida é se EU estarei lá… Quer dizer, estar, estarei. Mas não sei o que vou guardar daquilo, uma vez que eu ando praticamente de rastos e cada vez que me sento numa cadeira o meu corpo desiste.
Foi, aliás, isso que descobri com os meus 30 anos… Com a idade o corpo deixa de conseguir fazer loucuras. O cérebro diz que tu podes fazer dois dias non-stop na boa, mas o corpo começa a revoltar-se e deixa-te a braços com um mau humor desgraçado devido ao cansaço. E quando olhas para o espelho perguntas quem é aquele fantasma cheio de olheiras que se parece contigo… Enfim…
No fim do mês, desmaio! …Ou talvez não… Devo andar a meio das aulas de reciclagem de condução… E depois é o casamento… E, espera!, depois ainda tenho de tirar umas (curtíssimas!) férias e estar pronta para viajar e curtir…
F***-**! Se isto é vida, corto os pulsos!
quinta-feira, junho 26, 2008
quinta-feira, junho 19, 2008
Hoje faço trinta anos...
Esta foi a minha prenda...
Mas o ponto alto da minha semana, foi ver este vídeo...
Isto foi gravado 10 dias DEPOIS do Rock in Rio. Aos 45 segundos, vejam o que está dentro da caixa de guitarras da mega-estrela...
Já sei que pode ser um açoreano que toma conta das guitarras... Ou um madeirense que lhes serve as refeições... Mas eu ESCOLHO acreditar que é dele! E, mesmo que não seja, é um pedaço de Portugal que lá permanece com carinho depois daquelas 2 horas mágicas em que eu participei...
quinta-feira, junho 12, 2008
Como nota positiva…
Frustração
Às vezes a vida prega-nos partidas. Sem explicação, e por causa de uma ou outra escolha insignificante errada, acaba por acontecer um chorrilho de eventos inúteis e frustrantes que depois já não têm volta. E tudo aquilo em que investimos perde-se nas malhas da nossa solidão, do nosso desconforto, da nossa desilusão.
Foi isso que me aconteceu.
Rock in Rio. Barcelona. Foi tudo INCRÍVEL!... Eu é que não estive à altura.
Suponho que as expectativas eram tão grandes que não podiam ser concretizadas. Ou antes, pela primeira vez, eu não tive medo de criar expectativas (achava que já tinha conquistado o direito de as ter e de as ver superadas), mas a vida – mais uma vez e como sempre – deu-me uma bofetada! Ou duas… E pôs-me no meu lugar!
Não digo que tenha corrido MAL. Eu ainda prefiro ter ido. O concerto dos Bon Jovi no Rock in Rio foi MÁGICO! (Estou TÃO orgulhosa da minha banda e do meu país!) Barcelona é uma cidade fantástica. E a companhia foi impecável. Não teria ficado bem comigo própria se não o tivesse vivido presencialmente. No entanto, TODOS os pormenores falharam. TODOS sem excepção. Eu falhei.
Acabei por ter uma experiência banal, sem grandes entusiasmos pessoais, como quem passa um fim-de-semana na praia sem ter direito a mais do que o (sim!) maravilhoso som do mar e o (sim!) doce calor do sol, (mas) que já conhece, já viveu, já não aquece o coração nem faz sonhar.
Não era isto que eu queria para a minha viagem. Eu queria mais. Muito mais.
Eu queria histórias para contar aos netos. Queria desafiar-me. Queria emocionar-me. Queria abrir a boca de espanto. Queria que os meus olhos brilhassem. Queria que o meu coração falhasse algumas batidas.
Não consigo descrever o nível de frustração em que vivo. Não consigo explicar o que falhou. Não consigo tirar lições para o futuro.
Sou uma privilegiada. Uma miúda sortuda que viaja e vê concertos e não se priva de nada do que ama. Ou antes, que luta afincadamente para não se privar de nada do que ama. Que abdica de coisas importantes por outras mais importantes. Que sabe fazer escolhas, mas que acaba por percorrer o caminho mais difícil para obter o que pretende e tirar (tão raramente!) partido da vida.
Ainda assim, não sei se tenho verdadeiros motivos para me queixar. Não sei se devo sequer pensar ou referir a minha frustração. Se tenho esse direito. Se vale a pena fazê-lo. Se encontrarei uma explicação.
Mas não consigo deixar de o fazer.
Sinto-me um lixo. Sem objectivos. Sem certezas. Sem paixões. Sem saber que caminho percorrer para atingir o perdido conforto emocional.
Sou uma privilegiada que se queixa por perceber que lutar não chega. Que sonhar não chega. Que viver não chega. É preciso ESTAR, SENTIR, AMAR. E para isso não há fórmula. Ou acontece ou não.
E eu pergunto-me… Valerá a pena procurá-lo incessantemente? Ou os custos são maiores do que os ganhos? Vale a pena repetir? Ou desisto sem olhar para trás…?
Foi isso que me aconteceu.
Rock in Rio. Barcelona. Foi tudo INCRÍVEL!... Eu é que não estive à altura.
Suponho que as expectativas eram tão grandes que não podiam ser concretizadas. Ou antes, pela primeira vez, eu não tive medo de criar expectativas (achava que já tinha conquistado o direito de as ter e de as ver superadas), mas a vida – mais uma vez e como sempre – deu-me uma bofetada! Ou duas… E pôs-me no meu lugar!
Não digo que tenha corrido MAL. Eu ainda prefiro ter ido. O concerto dos Bon Jovi no Rock in Rio foi MÁGICO! (Estou TÃO orgulhosa da minha banda e do meu país!) Barcelona é uma cidade fantástica. E a companhia foi impecável. Não teria ficado bem comigo própria se não o tivesse vivido presencialmente. No entanto, TODOS os pormenores falharam. TODOS sem excepção. Eu falhei.
Acabei por ter uma experiência banal, sem grandes entusiasmos pessoais, como quem passa um fim-de-semana na praia sem ter direito a mais do que o (sim!) maravilhoso som do mar e o (sim!) doce calor do sol, (mas) que já conhece, já viveu, já não aquece o coração nem faz sonhar.
Não era isto que eu queria para a minha viagem. Eu queria mais. Muito mais.
Eu queria histórias para contar aos netos. Queria desafiar-me. Queria emocionar-me. Queria abrir a boca de espanto. Queria que os meus olhos brilhassem. Queria que o meu coração falhasse algumas batidas.
Não consigo descrever o nível de frustração em que vivo. Não consigo explicar o que falhou. Não consigo tirar lições para o futuro.
Sou uma privilegiada. Uma miúda sortuda que viaja e vê concertos e não se priva de nada do que ama. Ou antes, que luta afincadamente para não se privar de nada do que ama. Que abdica de coisas importantes por outras mais importantes. Que sabe fazer escolhas, mas que acaba por percorrer o caminho mais difícil para obter o que pretende e tirar (tão raramente!) partido da vida.
Ainda assim, não sei se tenho verdadeiros motivos para me queixar. Não sei se devo sequer pensar ou referir a minha frustração. Se tenho esse direito. Se vale a pena fazê-lo. Se encontrarei uma explicação.
Mas não consigo deixar de o fazer.
Sinto-me um lixo. Sem objectivos. Sem certezas. Sem paixões. Sem saber que caminho percorrer para atingir o perdido conforto emocional.
Sou uma privilegiada que se queixa por perceber que lutar não chega. Que sonhar não chega. Que viver não chega. É preciso ESTAR, SENTIR, AMAR. E para isso não há fórmula. Ou acontece ou não.
E eu pergunto-me… Valerá a pena procurá-lo incessantemente? Ou os custos são maiores do que os ganhos? Vale a pena repetir? Ou desisto sem olhar para trás…?
sexta-feira, junho 06, 2008
Vida adiada
Pensava que teria milhares de coisas para dizer hoje… Não tenho. Não sei o que dizer. Se o meu cérebro me censura e me diz para estar feliz, o meu coração não consegue evitar deitar algumas lágrimas sentidas.
Acabou. O que quer que seja que me estava reservado passou. Desapareceu sem eu o sentir, sem o viver, sem a intensidade que pedi.
Passou e deixou-me aqui, assim, despida, sem alma, sem corpo, sem vida. A desejar algo diferente em que eu tivesse conseguido participar.
Não digo que não valeu a pena. Valeu. De alguma forma, valeu. Apenas ficou um qualquer sonho adiado que nem sei definir. Adiado. Como sempre. Eternamente adiado.
Acabou. O que quer que seja que me estava reservado passou. Desapareceu sem eu o sentir, sem o viver, sem a intensidade que pedi.
Passou e deixou-me aqui, assim, despida, sem alma, sem corpo, sem vida. A desejar algo diferente em que eu tivesse conseguido participar.
Não digo que não valeu a pena. Valeu. De alguma forma, valeu. Apenas ficou um qualquer sonho adiado que nem sei definir. Adiado. Como sempre. Eternamente adiado.
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